Cotidiano

Princesas da Disney afetam autoestima de crianças, diz estudo

RIO — Um estudo realizado pela universidade Brigham Young, nos EUA, intitulado “Pretty as a Princess” (“Bonita como uma princesa”) examinou os efeitos persuasivos das realezas da Disney sobre as crianças. De acordo com os pesquisadores, as famosas princesas dos desenhos animados reforçam os estereótipos de gênero entre as meninas, além de afetarem a autoestima e a segurança que as crianças têm sobre sua forma física.

Os responsáveis pelo trabalho ainda alertam que todas essas consequências são muito maiores do que normalmente considerado pelos pais.

— Sabemos que as crianças que aderem fortemente a estereótipos do gênero feminino acreditam que não podem fazer algumas coisas — ressalta Sarah Coyne, autora do estudo. — Elas não são tão confiantes de sua capacidade em ter um bom desempenho em matemática ou ciência. Não gostam de se sujar, então têm menor propensão a tentar experimentar as coisas.

Sarah entrevistou cerca de 200 crianças de ambos os sexos em idade pré-escolar, e conferiu como o comportamento é afetado pelo consumo de materiais da Disney com imagens de princesas. O levantamento também mostra que, com o tempo, as meninas com problemas de autoestima em relação ao corpo têm maior propensão a se “engajar” no uso de materiais relacionados às princesas.

— As princesas da Disney representam os primeiros exemplos da exposição da forma física ideal. Este padrão, que nos persegue por toda a vida, começa aos três ou quatro anos de idade.

A linha de produtos das princesas da Disney foi iniciada em 2000. A companhia têm um lucro estimado de US$ 5,5 bilhões com a venda de brinquedos, jogos, figurinos e diversos acessórios da moda.