BRASÍLIA – O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse nesta quarta-feira que a sociedade brasileira exige do governo, Congresso Nacional e Judiciário um comportamento ético e também medidas que reforcem a transparência de suas ações e o respeito à coisa pública. Durante a abertura de um evento em comemoração ao terceiro ano da lei da empresa limpa, ele ressaltou que é preciso aprimorar a governança e o controle no país.
? Temos avançado nesse sentido. Vários arcabouços jurídicos e administrativos têm sido constituídos para coibir o malfeito na administração pública ? afirmou.
? Além de um comportamento ético irretocável, que nesta Casa vivenciamos como um de nossos valores organizacionais mais caros, é preciso que busquemos incessantemente aprimorar nossa governança corporativa e nossos controles internos.
No evento, organizado pelo BC e do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU), Ilan ressaltou o processo de fortalecimento dos órgãos de controle estatais, entre os quais, com destaque, a Controladoria Geral da União e os tribunais de contas. Afirmou que a Lei 12.846, de 2013, conhecida como ?Lei da Empresa Limpa? representa mais um instrumento que busca garantir o devido cuidado com os recursos do erário, sem deixar de abranger, também, o aprimoramento da gestão das entidades do setor privado.
? Não posso deixar de mencionar que esta lei trouxe importantes e inovadores conceitos para o Estado e para as empresas privadas, a exemplo da tipificação dos atos lesivos à Administração Pública e a instituição do Programa de Integridade.
Para o presidente do BC, programas de integridade podem aprimorar a gestão de empresas, já que melhora controles internos e compliance corporativo. Ressaltou que, no Banco Central, essas medidas são imprescindíveis para a higidez do sistema financeiro. No entanto, frisou que há espaço para melhorar:
? O tanto que avançamos não nos faz relaxar, pois sabemos que sempre haverá o que aprimorar. A busca pela excelência em todos os nossos processos é o princípio que fará avançar também nossas estruturas de governança e controles.
