Cotidiano

Polícia desmantela rede de mulheres que planejava atentado em Paris

EUROPE-ATTACKS_FRANCE-CARPARIS ? Três mulheres presas por ligação com um carro repleto de cilindros de gás encontrado em uma rua a poucos metros de distância da catedral de Notre Dame planejavam um ataque a uma estação de trem de Paris, informou o Ministério do Interior da França nesta sexta-feira. O presidente francês, François Hollande, que está em Atenas para uma cúpula dos países mediterrâneos da União Europeia (UE), confirmou que a polícia havia frustrado um atentado e ?aniquilado? uma célula terrorista.

? Um grupo foi aniquilado, mas há outros ? afirmou Hollande, pedindo um reforço da vigilância. ? Claro que foram realizados atentados no nosso país, mas também há toda uma ação silenciosa e eficaz de todos os serviços de inteligência, de nossos policiais, gendarmes e militares.

De acordo com um funcionário do ministério, um alerta foi emitido a todas as estações, mas as mulheres planejavam atacar a Gare de Lyon na quinta-feira.

A estação Gare de Lyon se localiza no sudeste da capital francesa, a menos de 3 quilômetros da catedral que marca o centro da cidade.

O funcionário também disse que a mais jovem das três mulheres, que tem 19 anos, cujo pai é proprietário do carro e que a polícia já suspeitava querer ir lutar com o Estado Islâmico (EI) na Síria, escreveu uma carta jurando lealdade ao grupo militante islamita.

A descoberta de um Peugeot 607 na noite de sábado passado com sete cilindros de gás, seis deles cheios, levou à abertura de um inquérito de terrorismo e ressuscitou o medo de novos ataques em um país no qual militantes islâmicos mataram mais de 230 pessoas desde janeiro de 2015.

Dezenas de pessoas religiosas radicalizadas da França e de outras nacionalidades estão lutando para o Estado Islâmico na Síria e no Iraque, e muitas daquelas tiveram envolvimento em ataques recentes na França ou participaram de combates ou pretendiam fazê-lo.

A França é um dos países que estão bombardeando bastiões do grupo radical, que exortou seus apoiadores a realizarem mais atentados em solo francês.