Cotidiano

Parques do Litoral melhoram estruturas para receber visitantes

Os parques estaduais do Pau Oco, da Serra da Baitaca e Pico Paraná, no Litoral do Estado, receberam pontos de apoio emergenciais para atendimento dos visitantes. As bases de contêineres contam com salas para atendimento e cadastramento de visitantes, banheiros e um pequeno alojamento para funcionários e voluntários que trabalham nesses locais. 

O Instituto Ambiental do Paraná (IAP), responsável pelas Unidades de Conservação, investiu cerca de R$ 300 mil em cada ponto de apoio, por meio de medidas compensatórias. Os contêineres foram instalados no ano passado e atendem a uma necessidade antiga de funcionários da instituição, turistas e voluntários, já que não havia, nesses locais, uma estrutura física disponível para o atendimento e suporte aos visitantes. 

“Nenhuma dessas Unidades de Conservação possuía qualquer infraestrutura básica necessária para dar um atendimento de qualidade aos visitantes, sem falar de possíveis ocorrências, como pessoas perdidas nas trilhas, acidentes e incêndios florestais”, explica o diretor de Biodiversidade e Áreas do IAP, Guilherme de Camargo Vasconcelos. 

De acordo com o diretor, as bases de contêineres poderão ser realocadas a medida em que a infraestrutura desses locais seja instalada de maneira definitiva. “Apesar de provisórios, os pontos de apoio atenderão os visitantes até que o IAP finalize os projetos de uma estrutura definitiva para os locais”, diz. 

PICO PARANÁ – No Parque Estadual Pico Paraná está o ponto mais alto do Sul do País, com 1.877,39 metros acima do nível do mar. O parque e suas redondezas, formadas pela Serra Ibitiraquire e por montanhas encravadas no trecho de floresta atlântica mais bem conservado do Brasil, é um dos locais favoritos para quem pratica montanhismo e turismo de aventura. 

São quatro mil hectares localizados entre os municípios de Antonina e Campina Grande do Sul. Sua área faz divisa com duas outras Unidades de Conservação estaduais. Ao sul está o Parque da Graciosa e ao norte o Parque Roberto Ribas Lange. 

Com uma média de 2 mil visitantes por mês durante todo o ano, é a primeira vez que o parque, criado em 2002, recebe investimentos em infraestrutura. Além do Ponto de Apoio Emergencial, o local também recebeu placas indicativas e sinalização das trilhas com identificação dos níveis de dificuldade, instaladas em parceria com o Clube Paranaense de Montanhismo (CPM), a Prefeitura de Campina Grande do Sul, empresários e proprietários de fazendas próximas ao local. 

“A estrutura, aliada ao trabalho dos funcionários e voluntários no parque, vai ajudar, inclusive, na economia local, pois conseguiremos dar mais visibilidade ao parque e um melhor atendimento aos visitantes”, disse o gerente da unidade, Harvey Schlenker. Segundo ele, a região já conta com restaurantes, lanchonetes e pousadas que funcionam para atender os montanhistas que frequentam o local. 

Desde 2015, por meio de uma parceria com o município, o acesso à montanha passou a ser gratuito. A Prefeitura de Campina Grande do Sul desapropriou a área de passagem ao parque. Com isso, visitantes e montanhistas não precisam mais caminhar por áreas particulares no entorno, cujo acesso era cobrado por fazendeiros. 

PAU OCO – Criado em 1994, o Parque Estadual do Pau Oco fica em Morretes e protege 905,58 hectares de Mata Atlântica remanescente. A Unidade de Conservação recebe visitantes diariamente, que buscam conhecer seus atrativos, como a cachoeira Salto da Fortuna, com 50 metros de queda que forma uma piscina natural muito desfrutada pelos visitantes. 

SERRA DA BAITACA – O Parque Estadual Serra da Baitaca foi criado em 2002 e protege 3053,21 hectares de Mata Atlântica. Ele é conhecido pelas tradicionais Missas do Trabalhador no morro do Anhangava, além de proteger um dos trechos do Caminho do Itupava. 

A cerca de 35 quilômetros da capital paranaense, o parque preserva várias nascentes que fluem para represas de abastecimento público, além do importante sapinho-dourado (Brachycephalus pernis), uma das espécies ameaçadas de extinção do Paraná. 

Assim como os outros parques, essa Unidade de Conservação também não possuía infraestrutura para receber e dar apoio aos visitantes.