Saúde

Para conter nova onda, Portugal e França adotam novas medidas

A segunda onda atinge boa parte do continente europeu

Para conter nova onda, Portugal e França adotam novas medidas

Lisboa – Alguns países da Europa tentam conter um novo avanço do coronavírus. O governo de Portugal e o da França anunciaram nessa quarta-feira novas medidas para conter a segunda onda da covid-19.

Em Portugal, o nível de alerta em todo o país foi elevado com um decreto de estado de calamidade, último nível antes do estado de alerta. A medida, que entrou em vigor à 0h desta quinta-feira no horário local, é uma resposta à alta dos casos de covid-19. A segunda onda atinge boa parte do continente europeu.

Na França, foi decretado toque de recolher por quatro semanas na região de Ile-de-France, que engloba Paris, e em mais nove cidades, incluindo Toulouse, Lyon e Grenoble.

Em Portugal, foi anunciado ainda que as autoridades de segurança e sanitárias irão intensificar as fiscalizações, seja em espaços públicos ou em empresas e restaurantes. Aqueles que descumprirem as diretrizes poderão receber multas de até 10 mil euros (cerca de R$ 65,5 mil).

“Infelizmente, Portugal não é a exceção e podemos classificar a evolução da pandemia no nosso país como uma evolução grave”, disse o premier António Costa. “As pessoas podem estar contaminadas e transmitindo o vírus sem ter consciência disso porque não sentem nada. A única forma de garantir que não estamos transmitindo [a covid-19] é, em todas as circunstâncias, tomar os cuidados a todo momento”.

O governo apresentará ainda ao Parlamento, em regime de urgência, um projeto de lei para que o uso de máscaras seja obrigatório nas ruas, e não apenas em espaços fechados e transportes públicos, como ocorre até o momento. Ao Legislativo, será encaminhada também uma proposta para que o uso do aplicativo de rastreio de contágio Stay Away Covid (Fique Longe, Covid) seja mandatório em ambientes acadêmicos e de trabalho, na administração pública e entre as forças de segurança.

De acordo com o primeiro-ministro, do Partido Socialista, não serão permitidas reuniões de grupos com mais de cinco pessoas (até o momento, o limite eram dez), enquanto eventos universitários como calouradas, “choppadas” e trotes serão suspensos.

Celebrações pessoais, como casamentos e batismos, ficarão limitados a 50 pessoas, que deverão respeitar as diretrizes de distanciamento social. Na semana passada, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, afirmou que eventos desse tipo “têm sido responsáveis por 67% dos casos reportados no país nos últimos dias”.