Cotidiano

Pais de menina Madeleine perdem recurso contra escritor

Britain Missing Girl

RIO ? Quase dez anos depois do desaparecimento da menina inglesa Madeleine McCann, seus pais sofreram uma derrota na Justiça de Portugal. A Suprema Corte do país determinou que eles não podem processar por calúnia o autor de um livro que afirmou que eles estão envolvidos no sumiço da filha.

Madeleine McCann

Um membro da Corte afirmou à agência de notícias ?AP? que o tribunal decidiu que a acusação fere leis que garantem a liberdade de expressão, que as alegações do livro não são abusivas e que elas ?estão dentro dos limites aceitáveis de uma sociedade aberta e democrática?. O integrante do tribunal pediu anonimato, porque a decisão ainda não foi publicada.

Em 2015, um tribunal de Lisboa determinou que Gonçalo Amaral deveria pagar uma indenização de 500 mil euros (cerca de R$ 1,68 milhão, em valores atuais) para Kate e Gerry McCann. Os pais de Madeleine tinham pedido 1,2 milhão de euros (R$ 4,04 milhões). A decisão foi revertida em segunda instância, e os McCann recorram à Suprema Corte.

Madeleine desapareceu durante uma viagem da família a Algarve, em Portugal, em maio de 2007, dias antes de completar quatro anos.

Amaral, que é ex-policial e participou do caso, lançou em 2008 o livro ?Maddie – A verdade da mentira?. Em sua defesa, ele argumentou em sua defesa que as acusações que estão no livro foram retiradas da investigação policial. O escritor argumentou ainda que a possibilidade de que os pais estivessem envolvidos no desaparecimento já havia sido levantada pela imprensa de Portugal.

A polícia portuguesa encerrou a investigação após não encontrar evidência de um crime, mas autoridades britânicas ainda investigam o caso.