BUENOS AIRES A oposição ao presidente argentino, Mauricio Macri, denunciou o político penalmente por uma decisão a respeito da política cambial do país, em um tipo de ?pingue pongue? judicial, após uma acusação similar contra a líder dos opositores e ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner.
Os deputados do partido kirchnerista Frente para la Victoria denunciaram Macri, o ministro da Economia, Alfonso Prat-Gay, e o titular do banco central argentino, Federico Sturzenegger, pelo mesmo delito que levou o juiz Claudio Bonadio a acusar Cristina, o ex-ministro da Economia Axel Kicillof e ao ex-presidente do BC argentino Alejandro Vanoli.
Segundo os opositores, Macri e as principais figuras de sua equipe econômica ? no poder desde 10 de dezembro de 2015 ? ?executaram, e seguem fazendo, de maneira sistemática, orquestrada e organizada, diversas ações violando as regras orgânicas do BCRA (o BC da Argentina) com o propósito de manter o preço do dólar em valores inferiores ao preço de mercado?.
Desta maneira, segundo a denúncia, ?provocaram enormes prejuízos econômicos ao Estado nacional? por ter liberado o dólar ? que estava sob controle do governo ?, gerando, assim, uma desvalorização de mais de 30%.
Cristina Kirchner é alvo de um processo com uma queixa conhecida como ?dólar futuro?. Segundo o juiz Bonadio, quando ela era presidente, estimulou o BC a vender dólares no mercado futuro a um preço baixo. Por isso, o magistrado a acusa de ter provocado, com essa operação, fortes perdas à autoridade monetária.
