Cotidiano

Nova Secretaria municipal assume neste domingo já com a primeira crise

RIO – Nos últimos oito anos, tempo que duraram os dois mandatos
do prefeito Eduardo Paes (PMDB-RJ), a Secretaria municipal de Cultura teve seis
titulares. Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que assumiu em janeiro de 2009, ficando
pouco mais de um ano no cargo; a produtora cultural Ana Luisa Lima, então
gerente de Artes Cênicas da pasta, que substituiu Jandira, em abril de 2010,
ficando nove meses; Emilio Kalil, que assumiu em janeiro de 2011 e saiu em
outubro de 2012 para presidir a Fundação RioArte, instituição que gere a Cidade
das Artes; o jornalista Sérgio Sá Leitão, que ficou à frente da Secretaria por
dois anos; o diplomata Marcelo Calero, que assumiu em janeiro de 2015, saindo em
maio de 2016 para comandar o Ministério da Cultura no governo Temer; e o
ex-diretor do Circo Crescer e Viver, Junior Perim, último secretário, que
entrega hoje a pasta a Nilcemar Nogueira, escolhida pelo novo prefeito, Marcelo
Crivella (PRB-RJ).

Durante todo esse período, a Secretaria viu seu orçamento crescer (de R$ 60,6
milhões em 2009 a R$ 203,4 milhões em 2016), inaugurou equipamentos, manteve
outros fechados, realizou projetos, criou editais e procurou se adaptar às
várias demandas do setor, ampliando de dois para quatro o número de
subsecretarias e revisando a Lei do ISS, mecanismo de financiamento indireto da
pasta. O programa de financiamento direto, por sua vez, é o edital de Fomento às
Artes, cuja última edição, que destina R$ 25 milhões a projetos culturais, ainda
não foi paga. A dívida com centenas de produtores culturais é a primeira crise
que a nova secretária terá de enfrentar ao assumir. Confira abaixo o balanço dos
oito anos de gestão feito pelo GLOBO. *Colaborou Luiz Felipe Reis Info Gestão municipal cultura