Cotidiano

No Iraque, Hollande promete combater jihadistas franceses

FRANCE-HOLLANDE_IRAQBAGDÁ ? O presidente francês, François Hollande, visitou o Iraque nesta segunda-feira e disse a soldados franceses no país esperar por um ano de vitória contra o terrorismo. O socialista Hollande, cujo país sofreu uma série de ataques de militantes nos últimos dois anos, afirmou ainda que os soldados servindo sob uma coalizão liderada pelos Estados Unidos estavam evitando mais assassinatos em massa em casa. Ele prometeu lutar contra os jihadistas franceses que se encontram nos campos de batalha, prendê-los se voltarem para casa e trabalharem contra a radicalização de seus filhos. Iraque

? Nós vamos lutar contra eles como (nós lutamos) contra todos os jihadistas… desde que eles estejam nos atacando e que eles estejam preparando ataques em nosso próprio território ? disse Hollande em uma entrevista coletiva.

Há cerca de 60 cidadãos franceses lutando ao lado de militantes do Estado Islâmico na cidade de Mossul, no Norte do Iraque, e centenas mais no resto do país e na Síria, disseram fontes diplomáticas francesas.

? Tudo que contribua para a reconstrução do Iraque é um passo adicional para evitar ataques do Daesh em nosso território ? acrescentou o presidente, utilizando o acrônimo árabe para o grupo Estado Islâmico.

Hollande tem visto sua popularidade despencar desde que assumiu o governo francês, em meio a frustrações com a forma como lida com a economia e com a segurança nacional. Ele disse que não concorrerá às eleições presidenciais deste ano.

O chefe de Estado viajará ainda nesta segunda-feira para a cidade curda de Erbil, onde a França entregará cerca de 38 toneladas de ajuda humanitária, incluindo remédios, disseram autoridades.

O Estado Islâmico atacou um posto de controle da polícia iraquiana perto da cidade de Najaf, no sul do país, no domingo, matando sete policiais, à medida que forças do governo no norte conquistaram território contra militantes em Mossul, o último grande bastião rebelde no país.

A recaptura de Mossul provavelmente seria o fim do declarado ?califado? do grupo em áreas tomadas em 2014, mas militantes do Estado Islâmico ainda seriam capazes de realizar uma insurgência no estilo guerrilha no Iraque, além de tramar e inspirar ataques no Ocidente.

Nesta segunda-feira, um ataque reivindicado pelo Estado Islâmico deixou ao menos 32 pessoas mortas em Sadr City, um bairro xiita em Bagdá. É o segundo atentado na capital iraquiana em menos de 48 horas.

Além disso, os militantes cortaram o acesso a uma rodovia principal que liga a capital a Mossul.