Cotidiano

?Não foi uma mentira inocente?, sustenta relator do caso Cunha

BRASÍLIA O deputado Marcos Rogério (DEM-RO), relator do caso de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sustentou em seu discurso em plenário que o peemedebista não teve a cassação recomendada apenas por uma “mentira inocente”. Ele sustentou que Cunha tinha intenção de ocultar seu patrimônio e o recebimento de propina ao negar ter contas no exterior em depoimento na CPI da Petrobras.

? Não se tratou de mentira inocente. Houve prática de mentira descarada com finalidade de atacar a Operação Lava-Jato e esconder crimes graves, como o recebimento de vantagens indevidas no exterior – afirmou Rogério.

Ele afirmou que as trustes mantidas por Cunha na Suíça eram, na verdade, “laranjas de luxo”.

? Ficou comprovado que o deputado Eduardo Cunha tem sim, conta, patrimônio e bens no exterior. Ficou demonstrado que as trustees são empresas de papel, são laranjas de luxo para dissimular lavagem de dinheiro e recebimento de propina ? disse o relator.

Ele ressaltou que Cunha era o responsável único pela gestão das contas.

? Eduardo cunha era tudo. Era contratante e contratado. Era ele que tinha o controle total, da abertura e do fechamento das contas. Era ele quem autorizava investimentos de riscos ? afirmou Rogério.

Ressaltou também o fato de que uma das contas na Suíça recebeu recursos do lobista João Augusto Henriques que teriam como origem o fechamento de um contrato da Petrobras no Benin. Destacou ainda que em depoimento de delação premiara o empresário Ricardo Pernambuco Jr. também declarou ter feito pagamentos ao peemedebista no exterior.