RIO ? O ator Domingos Montagner, de 54 anos, morreu nesta quinta-feira. No ar em “Velho Chico”, ele aproveitou uma pausa nas gravações em Canindé, no Sergipe, para dar um mergulho no Rio São Francisco, ao lado de Camila Pitanga, quando foi levado pela correnteza e desapareceu, por volta de 14h30m. A confirmação veio às 18h18m, pela própria TV Globo.
Montagner estava no ar em “Velho Chico”, como o protagonista Santo, par romântico de Camila Pitanga. Na ficção, seu personagem é baleado e também desaparece no rio São Francisco. Nesta quinta-feira, numa pausa nas gravações, os dois almoçaram no restaurante Cacuá, em Canindé, na tarde desta quinta-feira, e de lá partiram para um mergulho.
O ator pode ser visto na comédia “Um namorado para minha mulher”, com Ingrid Guimarães, em cartaz nos cinemas.
Montagner começou sua carreira no teatro e no circo: além de ator, sempre atuou como palhaço. Em 1997, fundou o grupo La Mínima, ao lado de Fernando Sampaio. Por ele, venceu o Prêmio Shell de Melhor Ator pelo espetáculo “A noite dos palhaços mudos”, em 2008.
Em 2003, criou o Circo Zanni, com mais oito artistas, do qual é diretor artístico. Estreou na TV na série “Mothern”, do GNT. Depois, migrou para a TV Globo, participando de programas como “Força tarefa”, e nas séries “A cura” e “Divã”.
Sua primeira novela foi “Cordel encantado”, de 2011, e com sua atuação como Herculano venceu os prêmios Contigo e Melhor do Ano, do “Domingão do Faustão”, como ator revelação. No ano seguinte, protagonizou a minissérie “Brado retumbante”, de Euclydes Marinho, mais uma vez vencendo o prêmio contigo, desta vez de melhor ator.
Ainda em 2012, participou de “Salve Jorge”, de Glória Perez, como o guia turístico Zyah. Logo depois, estreou no cinema no aclamado “Gonzaga ? De pai pra filho”, de Breno Silveira.
Galã da Globo, ainda estrelou “Joia rara”, de Thelma Guedes e Duca Rachid. Em 2015, protagonizou “Sete vidas”, de Lícia Manzo. De volta às séries, deu vida ao lendário delegado Espinosa” na série “Romance policial ? Espinosa”, adaptação do romance “Uma janela em Copacabana”, de Luiz Alfredo Garcia Roza, sob direção de José Henrique Fonseca.
Novamente no cinema, participou de “Vidas partidas”, de Marcos Schechtman, “De onde te vejo”, de Luiz Villaça, e “O outro lado do vento”, de Walter Lima Jr., todos de 2016.
O ator, de 54 anos, deixa a mulher, a atriz e produtora Luciana Lima, e três filhos: Leo, 11 anos, Antônio, 7, e Dante, 4.
