Saúde

Moradores de Cascavel já receberam R$ 43,269 milhões de auxílio emergencial

Moradores de Cascavel já receberam R$ 43,269 milhões de auxílio emergencial

Cascavel – Renda extra tão aguardada por inscritos em programas de assistência social e aqueles que perderam ou tiveram a receita diminuída durante a pandemia do novo coronavírus, o auxílio emergencial começou a ser pago pelo governo federal a mais de 53 milhões de pessoas no dia 16 de abril. No Paraná, o benefício injetou mais de R$ 1,6 bilhão na economia por meio das contas dos beneficiados. Apenas no oeste, foram R$ 188,650 milhões pagos a mais de 150 mil pessoas.

Com seus pontos turísticos fechados desde 18 de março, inclusive as Pontes da Amizade e da Fraternidade, Foz do Iguaçu foi a cidade da região oeste que mais recebeu dinheiro do auxílio nas últimas semanas. Foram R$ 48,602 milhões, sendo R$ 6,095 milhões em abril e R$ 42,507 milhões em maio. O valor é R$ 18,5 milhões maior do que a prefeitura vai receber do socorro a ser enviado pelo governo federal, que vai totalizar R$ 30,060 milhões, pagos em quatro parcelas.

A maior cidade da região, os moradores de Cascavel já receberam R$ 43,269 milhões, sendo R$ 5,564 milhões depositados em abril e R$ 37,705 milhões em maio. A diferença entre os meses se explica pela demora e a dificuldade que muitas pessoas tiveram para fazer o cadastro. A primeira parcela foi paga em abril, e a segunda ainda está sendo depositada. Mesmo assim, o valor também é maior do que a prefeitura receberá (R$ 38,159 milhões) de ajuda do governo federal para suprir a perda de receitas durante a pandemia.

Aquecimento

A princípio, serão três parcelas de R$ 600 para informais e desempregados e de R$ 1.200 para mães solteiras. De acordo com o economista Vander Piaia, o auxílio emergencial tende a ser usado mais para o consumo do que para pagar dívidas, o que leva a crer na recuperação da economia nos municípios. “Existe no credor a ideia do momento difícil. No setor imobiliário, por exemplo, tem havido renegociação de aluguéis entre quem tem a receber e quem tem a pagar. Mas ainda não se sabe onde esse recurso está sendo aplicado”, explica.

Clique aqui e acesse a lista dos municípios beneficiados

Acesse pelo QR Code a lista completa dos pagamentos, inclusive com nome dos beneficiados:


Calendário de pagamento

Os valores injetados na economia serão aumentados, pois a segunda parcela do benefício ainda está sendo depositada, conforme calendário do governo federal. No último sábado (30) foi liberado o saque e a transferência para os nascidos em janeiro; a cada dia é liberado um mês de aniversário, indo até o próximo sábado (13), para quem nasceu em dezembro. Apenas domingos e feriado de Corpus Christi (11) não terão liberação. Na próxima semana deve ser divulgado o calendário da terceira parcela.

Esses valores divulgados pelo Ministério da Cidadania referem-se ao que foi depositado. Não existe ainda informação do que já foi sacado.


Governo anuncia mais duas parcelas

 

O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, confirmou nessa sexta-feira (5) a previsão de pagamento de mais duas parcelas extras, de R$ 300 cada uma, como extensão do auxílio emergencial.

No dia anterior, o presidente Jair Bolsonaro já havia anunciado as duas parcelas extras, mas não tinha informado o valor.

Criado em abril, o auxílio emergencial tem previsão original de ser pago em três parcelas de R$ 600 para trabalhadores informais e autônomos, mas a lei aprovada pelo Congresso prevê a possibilidade de prorrogação, desde que seja no mesmo valor. O governo alega não ter dinheiro para manter a ajuda nesse patamar, e, por isso, deve enviar uma medida provisória estabelecendo as parcelas de R$ 300.

A extensão do prazo é prevista porque há o que os economistas chamam de “hiato de tempo”. “Até as pessoas se realocarem no mercado de trabalho leva um tempo, em média três meses. O governo deve ter esse estudo para diminuir o volume, mas não eliminar de forma brusca o benefício dessa política anticíclica que injeta dinheiro e abre receita para manter o mínimo da economia”, explica o economista Vander Piaia.

R$ 200 bilhões

Com a extensão do prazo por mais dois meses do auxílio emergencial, a despesa do governo federal ficaria próxima de R$ 200 bilhões neste ano. A previsão anterior era de que os gastos somassem R$ 151 bilhões em 2020. A diferença de cerca de R$ 50 bilhões será para o pagamento do valor adicional.