Cotidiano

Ministro da Defesa espera punição exemplar a invasores da Câmara

2016 912838458-201605251934003762.jpg_20160530.jpgBRASÍLIA – O ministro da Defesa, Raul Jungmann, defendeu rigorosa punição a todos os manifestantes que invadiram o plenário da Câmara nesta quarta-feira para pedir uma intervenção militar na administração pública do país. Para o ministro, a pauta e os métodos do grupo estão totalmente descolados da realidade do país e do papel constitucional das Forças Armadas. Jungmann soube dos protestos quando participava de uma reunião no Ministério das Relações Exteriores.

Manifestação na Câmara

– Eu espero uma punição exemplar desses que desrespeitaram um Poder, o Poder Legislativo, que representa a soberania popular – disse o ministro ao GLOBO.

Para Jungman, não há o menor cabimento em pedir uma intervenção militar no país. Segundo ele, quem faz isso não compreende as atribuições legais das Forças Armadas e nem entende a importância da democracia.

– As Forças Armadas estão inteiramente voltadas para suas atividades profissionais, estritamente dentro dos mandamentos constitucionais. As Forças Armadas repelem energicamente qualquer ação fora do que prevê a Constituição e a democracia – afirmou.

Como um sinal de que nos quartéis o clima é de tranquilidade, o ministro lembrou que não foi identificado nenhum militar da reserva ou da ativa entre os manifestantes. O ministro disse que, por enquanto, ainda são precárias as informações sobre o grupo. Mas nada indica ligação dos manifestantes com partidos, com líderes políticos ou mesmo com movimento sociais organizados.

– Ao que tudo indica é um movimento autônomo – disse.

O ministro sustenta ainda que não há indicativo de proliferação dos protestos. Ele argumenta que as pessoas que invadiram a Câmara em Brasília não teriam qualquer vínculo com os manifestantes que tentaram invadir a Assembleia Legislativa no Rio. Para ele, o mais preocupante não é o “potencial” de mobilização de quem pede a volta dos militares.

– É um fato que representa um total descompasso com o clima democrático e com o papel constitucional das Forças Armadas – afirmou.

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