Cotidiano

Ministério bloqueia R$ 3,5 mi em fraudes no Paraná

Curitiba – O Paraná teve 586 requerimentos bloqueados pelo Ministério do Trabalho desde a entrada em operação do sistema de Detecção e Prevenção à Fraude no Seguro Desemprego (Antifraude), em dezembro de 2016. Até abril de 2018, as fraudes bloqueadas chegaram a R$ 3,5 milhões. “Esses recursos são importantes e devem ser utilizados apenas para atender os trabalhadores em momentos de desemprego. A fiscalização do Ministério do Trabalho conseguiu impedir a ação de criminosos, com o uso de tecnologia de ponta”, afirmou o ministro do Trabalho, Helton Yomura.

Entre os municípios paranaenses, a maioria dos casos foi registrada em Castro, com 245 fraudes bloqueadas, totalizando um valor de R$ 1,6 milhão. Depois, destacaram-se Mariluz, com 101 casos e fraudes de R$ 498 mil; Foz do Iguaçu, que teve 40 requerimentos bloqueados, chegando a quase R$ 215 mil; Curitiba, que em 20 fraudes bloqueadas atingiu R$ 130,7 mil; e Piraquara, com 15 bloqueios e cerca de R$ 113 mil. Todas as fraudes no Paraná foram na modalidade emprego formal.

Nacional

Em todo o Brasil, o sistema Antifraude já proporcionou uma economia de quase R$ 1 bilhão aos cofres públicos até abril de 2018. Com quase 62 mil requerimentos bloqueados nesse período, o Antifraude chega perto de R$ 313,7 milhões em fraudes bloqueadas em todo o Brasil. “Esses recursos seriam levados por quadrilhas organizadas que, ao longo do tempo, fraudaram e roubaram o dinheiro dos cofres públicos, mas agora elas estão sendo identificadas e interceptadas, com o uso da tecnologia de ponta”, afirma o ministro do Trabalho substituto, Helton Yomura.

Implantado no âmbito da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego, o sistema Antifraude é uma solução avançada de análise, que utiliza tecnologia de ponta para colher dados, informações e conhecimentos, subsidiando o processo de detecção de indícios de fraudes, conluios e riscos associados à gestão de recursos do Seguro Desemprego, em todas as suas modalidades – emprego formal, doméstico, pescador e bolsa qualificação.

O secretário-executivo do ministério, Leonardo Arantes, explica que essa solução também inclui funcionalidades e recursos tecnológicos para auxiliar e alavancar as atividades de controle quando há manipulação, análise e tratamento de grandes volumes de dados. “Assim, construímos no Ministério do Trabalho uma Arquitetura de Informação, tipo Big Data, para combate à fraude”, diz Arantes.

Bloqueios

A economia total, no montante exato de R$ 965.589.391 até agora, inclui a soma de R$ 313.695.406 em fraudes já bloqueadas e R$ 651.893.985 em ilícitos previstos. No primeiro caso, a fraude já ocorreu, mas o ministério conseguiu impedir o pagamento de parcelas previstas; no segundo, são consideradas fraudes evitadas desde o início do projeto, além de uma projeção da Coordenação do Seguro Desemprego de ilícitos que seriam cometidos nos próximos 12 meses, mas que foram impedidos com o uso da tecnologia.

Desde a criação do sistema, o Ministério do Trabalho, em conjunto com a Polícia Federal, já deflagrou cinco operações de combate a fraudes no Seguro Desemprego, que resultaram em 31 prisões.