Cotidiano

Mineradora de Eike Batista pede recuperação judicial

2014 710983894-2013 632066074-2013 631995225-2013072536654.jpg_20130725.jpg_.jpgRIO – A MMX Mineração e Metálicos, mineradora de Eike Batista, entrou com pedido de recuperação judicial nesta sexta-feira no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, segundo o advogado Sérgio Bermudes.

A companhia foi criada com três unidades de negócio: a MMX Corumbá, que está arrendada; o Porto Sudeste, que tive o controle adquirido pelo Mubadala, fundo soberado de Abu Dhabi, e a trader Trafigura, em 2014.

No fim de outubro deste ano, a MMX Sudeste, que pediu proteção à Justiça estadual de Minas Gerais em outubro de 2014, também passou para as mãos de Mubadala e Trafigura. Unidos por meio de um fundo de investimento em participações, adquiriram as minas de Tico-Tico e Ipê, da unidade Serra Azul. Com a operação, que prevê pagamento imediato de R$ 70 milhões ? que serão usados para pagamento de credores ? conforme o plano de recuperação judicial da companhia, a companhia passará a se chamar Mineiração Morro do Ipê, disse uma fonte próxima ao negócio.

Mubadala e Trafigura detêm 51% dessa nova empresa, o restante está nas mãos de credores que optaram por entrar na negociação. Serra Azul teve as atividades suspensas em setembro de 2014 por dificuldades em obter licenciamento ambiental. Com a emissão dessas licenças, condição obrigatória para o fechamento do negócio, a MMX Sudeste concluiu a venda de seu principal ativo.

Em comunicado ao mercado sobre a operação, a companhia informa que a MMX Sudeste já quitou integralmente as dívidas trabalhistas e também as com credores do segmento de micro e pequenas empresas, além dos credores quirografários com créditos a receber com valores inferiores a R$ 40 mil.

Em janeiro deste ano, Eike anunciou um pacote de transferência de ações de quatro empresas do grupo ?X?, além do Hotel Glória, para o Mubadala. O fundo soberano de Abu Dhabi é um dos principais credores da EBX, antiga holding do empresário. No caso da MMX Mineração e Metálicos, que tinha o empresário como controlador, com 57,42% da companhia, sairia uma fatia de 21,04% para o fundo de Abu Dhabi.