O Programa Oeste em Desenvolvimento começa a definir ontem, na sede do Sebrae, em Toledo, um plano de ações a ser desenvolvido em 2017 para fortalecer a indústria metalmecânica na região. Esse segmento gera quase 10 mil empregos diretos no Oeste do Paraná e dá suporte para o agronegócio, mas vem perdendo forças. As próximas etapas ocorrerão em junho. A Itaipu é uma das participantes do POD. O objetivo é, até 2025, transformar a região em um polo de produção de implementos agrícolas, metalurgia e fundição. O maior empregador é Cascavel, que representa 80% dos trabalhadores. Em segundo lugar está Medianeira, seguido de Toledo e Marechal Cândido Rondon.
As barreiras que dificultam o crescimento da atividade e as propostas para resolver esses problemas estão sendo debatidas pela Câmara Técnica de Material de Transporte e Equipamentos para o Agronegócio, lançada pelo POD em fevereiro, durante o Show Rural Coopavel. O grupo reúne representantes de 30 empresas públicas e privadas. “A indústria metalmecânica é um segmento com vasto potencial de crescimento e grande importância econômica na região e por isso tornou uma das prioridades do POD”, defende gerente regional do Sebrae/PR no oeste, Orestes Hotz.
“O segmento tem um potencial muito grande na geração de novos empregos, envolvendo as pequenas, médias e grandes indústrias. Outro fator importante é que a base da economia do Oeste está calçada no agronegócio, assim, Câmara é oportuna para desenvolver um planejamento de médio e longo prazo para o setor”, colabora o presidente do POD, Danilo Vendruscolo.
Problemas e propostas
A Câmara Técnica já diagnosticou alguns empecilhos para o avanço da atividade, tais como os juros altos, a falta de organização do setor, o custo de energia elétrica, a entrada de produtos importados, a falta de linhas créditos diferenciados, as dificuldades de acessos a novas tecnologias e a burocratização dos órgãos.
Algumas ações já foram propostas, como a qualificação da mão de obra, a união das empresas para compra conjunta de mercadorias e o mapeamento de linhas de créditos ao segmento. Há ainda ações como certificação dos produtos, estabelecimento de canais de comunicação com cooperativas para visar tendências de mercado e necessidades, entre outras
