Um grupo de médicos de Cascavel lançou nessa terça-feira (23) um manifesto direcionado ao Ministério Público, ao Conselho de Regional de Medicina e a população da região oeste. Esse é o terceiro manifesto divulgado pelos profissionais desde o início da pandemia.
Assinado por dezenas de médicos, o documento pede para que o MP possa garantir que as medidas de distanciamento social sejam imediatamente realizadas, estimuladas e, se necessário, fiscalizadas pelo poder público “para evitarmos cenários catastróficos como o ocorrido em alguns locais pelo mundo que não realizaram tais medidas e que mortes ocorram sem a possibilidade de atendimento médico digno e de qualidade”.
Os médicos citam o progressivo e exponencial aumento de casos de coronavírus na macrorregional oeste, especialmente em Cascavel. Citam ainda a falta de leitos de UTI, inclusive na rede particular, e o esgotamento físico e psicológico dos profissionais de saúde que atuam no enfrentamento à pandemia.
Na segunda-feira, a macrorregional tinha apenas um leito de UTI disponível, mas uma fila de 26 pacientes aguardando a vaga. Ontem, esse índice caiu para 92%, com sete leitos e 31 pacientes na fila de espera para UTI. Dos 12 hospitais que atendem a macro, nove estavam com 100% de ocupação.
