Cotidiano

Luís Antônio Torelli é reeleito para a presidência da Câmara Brasileira do Livro

32896964792_db8beb6a6c_k.jpgSÃO PAULO – Luís Antonio Torelli foi reeleito nesta terça-feira para a presidência da Câmara Brasileira do Livro (CBL). Torelli e sua chapa, que não teve concorrentes, foram eleitos para o biênio 2017-2019, com a plataforma “Gestão, mercado, governo: mais livros, mais leitores”. Entre os principais pontos da plataforma do corpo diretivo, estão revisar o estatuto da associação e desenvolver novas estratégias para conquistar novos associados.

? O estatuto tem quase 70 anos e muita coisa mudou nesse tempo todo. O próprio sistema de votação, que prevê a presença dos associados nos locais onde temos urnas. Isso custa muito e não é produtivo. Temos de pensar na votação eletrônica. Além disso, tem a questão da sucessão, que é muito burocrática. A cada eleição, demora um mês para juntar documentos do novo presidente e completar a sucessão. Outro ponto é o da representatividade. Hoje, estão representados na diretoria editoras, livrarias, distribuidoras e vendedores de porta em porta. Precisamos ampliar isso ? disse Torelli, em entrevista a O GLOBO.

O documento também prevê mais protagonismo da CBL nas relações com o governo.

? O que a gente tem observado é que a CBL tem sido muito passiva nesse sentido. Houve melhoras no biênio 2015/2017, mas ainda há muito a se fazer. Para reverter esse processo, temos ido a Brasília para conversar na Câmara e no Senado, acompanhar projetos e dar nossa contribuição. Tem coisas muito boas, mas tem projetos muito ruins ? disse o presidente reeleito da CBL.

Torelli cita como exemplo positivo o projeto de lei 212, do ano passado, que institui a Política Nacional de Leitura e Escrita (PNLE) e transforma o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) em uma política de Estado:

? Defendemos a manutenção de uma política permanente de Estado para o livro e a leitura. Com as trocas de ministros, nem sempre o que entra tem a mesma visão do que saiu. Isso precisa mudar, essa política precisa ser perene. Até porquê paara mudar os nossos índices de leitura, que são muito baixos, em torno de dois livros por ano por pessoa, a gente precisa da ajuda do Ministério da Educação e do governo ? disse ele.

Um novo curador para o Prêmio Jabuti

Torelli disse que a sucessão na curadoria do Prêmio Jabuti, que este ano chega à 69ª edição, está na “reta final”. Uma primeira lista com seis nomes foi reduzida a três na semana passada.

? Estamos conversando com essas três pessoas, agora ? adiantou o presidente da CBL. ? Como disse a nossa última curadora, a Marisa Lajolo, fazer esse trabalho não é fácil. Então, estamos vendo quem vai aceitar esse desafio. Em breve, faremos essa divulgação e certamente teremos um novo curador, com novas ideias.