Cotidiano

Lixo se acumula em área de invasão no Jardim Gramado

Cascavel – Apesar da reintegração de posse de área no Jardim Gramado ter sido suspensa por determinação do Tribunal de Justiça no mês passado, mais da metade dos terrenos foi desocupada de forma pacífica.

No local permanecem ainda pelo menos 180 pessoas em 50 moradias e uma quantidade de lixo ao redor de casas e às margens da BR-467, que tem sido motivo de muita reclamação e preocupação.

A Transcontinental Empreendimentos Imobiliários Ltda., empresa responsável pela área invadida, já tentou adequar terrenos liberados, mas foi impedida.

“Há famílias resistentes que impedem a limpeza e uma equipe já foi barrada. Para a próxima semana tentaremos executar os serviços com reforço policial para que não haja ameaças à integridade física dos trabalhadores”, ressalta do advogado da empresa, Paulo Rogério Ferreira Santos.

Ele acrescenta que a empresa já recorreu da decisão da Justiça para que a reintegração possa ocorrer. “Devido ao recesso de fim de ano, o processo ficou parado, mas estamos tomando providências no Tribunal de Justiça e acreditamos que a reintegração vá ocorrer”, ressalta.

Em relação a um possível acordo com famílias que desejam permanecer nas casas, o advogado acrescenta que não há previsão de que isso ocorra por parte da empresa.

Grande parte de moradores do Gramado está acampada em área no Jardim Veneza. Entretanto a prefeitura já recorreu à Justiça para que a reintegração de posse dessa área também ocorra, pois se trata de uma nova invasão.

REINTEGRAÇÃO

Tudo estava preparado para que a operação de reintegração de posse, na área invadida do Jardim Gramado, fosse desencadeada pela Polícia Militar na manhã do dia 13 de dezembro passado. O efetivo contaria com 750 policiais de 27 batalhões no Estado. Minutos antes da operação, o 5º Comando Regional da Polícia Militar foi informado sobre a decisão que impedia a tropa a seguir o trabalho.

O desembargador Péricles Bellusci de Batista Pereira, com base em agravo de instrumento impetrado por moradores, acatou os argumentos para suspensão, ao considerar, sobretudo, a falta do cumprimento de prazo para disponibilização de novo local às famílias.