Cotidiano

Líderes republicanos apoiam investigação sobre influência russa em eleições

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WASHINGTON ? Altos representantes do Partido Republicano disseram que apoiarão a realização de investigações sobre ciberataques russos que teriam influenciado o resultado das eleições presidenciais nos EUA. O Presidente da Câmara dos Representantes, Paul Ryan, e o líder republicano no Senado, Mitch McConnell, afirmaram que qualquer intervenção estrangeira nas urnas é inaceitável. Enquanto o presidente eleito, Donald Trump, chama de ridícula a suspeita de que teria sido favorecido pelos hackers russos, esta vem como uma fissura entre o magnata e seus companheiros de partido.

A divisão dentro da legenda aumenta a probabilidade de que haja confrontos entre Trump e os legisladores republicanos durante o seu mandato presidencial, que começará em 20 de janeiro, sobre a relação entre a Casa Branca e o presidente russo, Vladimir Putin. O chefe do Kremlin é há muito tempo considerado por muitos republicanos um inimigo nada confiável e calculista ? a quem Trump, no entanto, repetidamente elogiou pela sua liderança.

? Os russos não são nossos amigos ? disse McConnel em entrevista coletiva. ? Qualquer violação estrangeira das nossas medidas de segurança cibernéticas é perturbadora eu condeno veementemente quaisquer esforços deste tipo.

No domingo, duas vozes importantes para a política externa do Partido Republicano pediram que as ivnestigações sobre os ciberataques russos: os senadores John McCain e Lindsey Graham.

“Durante anos, adversários estrangeiros direcionaram ataques cibernéticos às infraestruturas físicas, econômicas e militares dos EUA, enquanto roubavam nossa propriedade intelectual. Agora, nossas instituições democráticas foram alvo”, disseram os senadores, incluindo os democratas Chuck Schumer e Jack Reed, em um comunicado. “Notícias recentes sobre a interferência da Rússia em nossa eleição deveriam deixar todo americano alarmado.”

As declarações, no entanto, distoam do discurso de Trump e de sua equipe. O magnata zombou dos relatórios da CIA que concluíram que o ciberataques e vazamentos de emails trocados por democratas foram realizados com o objetivo de ajudar o magnata a derrotar sua então rival, Hillary Clinton.

Agências de inteligência norte-americanas disseram ao Congresso e ao governo do presidente Barack Obama que a Rússia está cada vez mais agressiva contra a Síria e a Ucrânia e que reforçou suas atividades no ciberespaço, inclusive interferindo, por vezes secretamente, nas eleições norte-americanas e europeias.

“Isso não pode ser uma questão partidária. Os riscos são grandes demais para nosso país”, disseram os senadores no comunicado.