Saúde

Laboratório cria banco de dados sobre as variantes do coronavírus

Laboratório cria banco de dados sobre as variantes do coronavírus

Cascavel – Com mais de 80 mil exames de detecção do coronavírus realizados o laboratório Biovel criou um banco de dados sobre o trânsito das variantes do vírus em Cascavel e região.

Desde o final de 2019, o coronavírus tem mudado a rotina de pessoas do mundo todo. Denominado SARS-CoV-2, ele causa a covid-19 (Coronavirus disease – 2019) e foi detectado no Brasil, pela primeira vez, na cidade de São Paulo. Um turista brasileiro, recém-chegado da Itália no começo de 2020, apresentou os sintomas dessa doença até então desconhecida.

De lá para cá o país vive em contínuo estado de calamidade pública. Mais de 20 milhões de pessoas contraíram o vírus e dessas, mais de 580 mil morreram.

Em Cascavel, desde o início da pandemia um laboratório realizou mais de 80 mil exames de detecção das diferentes formas do vírus, original ou variante.

O laboratório Biovel investiu em conhecimento e tecnologia identificando com rapidez e segurança a presença do vírus no organismo.

O material coletado dos milhares de pacientes que realizaram exames para detectar o vírus, orientados por indicação médica, foi catalogado e colocado em um banco de dados para que fosse realizada a genotipagem e identificação das variantes do coronavírus circulantes em nosso meio.

Sequenciamento Genético

Outro procedimento realizado pelo Biovel foi o sequenciamento genético do vírus, permitindo maior fidelidade nas informações.

À frente desse trabalho desde o início da pandemia estão os pesquisadores Álvaro Largura, doutor em ciências farmacêuticas e a pós doutora em bioquímica e biologia molecular, Angélica Regina Cappellari e juntos construíram um valioso banco de dados com informações sobre o trânsito das variantes do coronavírus.

Esse trabalho pioneiro na região permitiu ao Biovel a identificação das variantes faz com que as autoridades sanitárias tomem medidas profiláticas para conter o avanço das contaminações e aos médicos, o manejo correto da doença e, dessa forma, evitar graves infecções que superlotaram UTI’s (Unidades de Terapia Intensiva).

No caso de Cascavel, foram dois picos da doença: um em 2020, ocasionado pelo vírus selvagem, e outro em 2021, provocado pela variante de Manaus, que recebeu a denominação de Gamma.

Atualmente, muito se especula sobre a presença da variante Delta, procedente da índia, em Cascavel. O trabalho do Biovel detectou a presença dessa variante na região, mas ainda não foi possível comprovar que ela seja dominante. O trabalho realizado foi apenas de genotipagem para se descobrir a presença ou não da variante em nosso meio.

Com grandes investimentos em tecnologia e em conhecimento, o Biovel contribui para o avanço da ciência e traz para a região ferramentas que podem auxiliar na defesa contra o coronavírus e outras doenças, proporcionando benefícios e saúde a toda comunidade.