ROMA ? A corte constitucional da Itália definiu nesta quarta-feira a sua nova legislação eleitoral deixando a maior parte do sistema já existente intacto. A decisão abre o caminho para eleições antecipadas neste ano. No fim de 2016, o agora ex-premier Matteo Renzi perdeu um referendo constitucional e, como havia prometido para caso de derrota, deixou o cargo em dezembro. italia
Em comunicado, o tribunal rejeitou parte do Italicum, como foi chamado o texto, e não concordou em realizar eleições nacionais em dois turnos. No entanto, aprovou uma mudança para que o partido que conquiste 40% dos votos obtenha automaticamente a maioria dos assentos no Parlamento.
A próxima votação está, seguindo o calendário original, marcada para o início do ano que vem. Mas, desde o vácuo de poder deixado pela saída de Renzi, o seu governista Partido Democrático deseja convocar uma nova votação popular o mais rápido possível. Após a sua renúncia, um governo técnico foi formado, sob a liderança do atual primeiro-ministro, Paolo Gentiloni, com a missão de avaliar a nova lei eleitoral e guiar o país a novas eleições.
Além disso, partidos oposicionistas pressionam pela nova votação, na esperança de ampliar sua força política. O populista Movimento Cinco Estrelas, que fez uma intensa campanha contra o referendo proposto por Renzi no ano passado, poderia ser a legenda mais beneficiada, frente à onda populista que avança na Europa.
