Cotidiano

Johnny Depp vai viver político acusado de abuso sexual no cinema

2016_911769130-2016_911531629-201605240042453729_AFP.jpg_20160524.jpg_201605.jpgRIO ? Quando gravava “O libertino”, em 2004, o ator Johnny Depp estava em um momento bem diferente do que o rodeia ao protagonizar “The libertine”, filme que, coincidentemente, leva o mesmo nome. Acusado de ter agredido fisicamente sua ex-mulher, Amber Heard, Depp irá interpretar um político francês suspeito de assédio sexual no controverso longa de Brett Ratner.

A escalação do ator foi anunciada por Ratner no festival de Cannes deste ano. Duas semanas depois, nos dias 23 e 27 de maio, Amber entrou com o pedido de divórcio e conseguiu uma restrição judicial que o impede de se aproximar dela. Apesar dos rumores de que o ocorrido motivaria o cancelamento de sua participação no longa, um representante do diretor afirmou o contrário à “People”.

“Johnny certamente continua no filme. Brett está muito animado em trabalhar com ele”, contou.

Em pré-produção, “The libertine” é “levemente” inspirado no caso de Dominique Strauss-Kahn, ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) indiciado em 2011 por ter abusado sexualmente de uma camareira de um hotel em Nova York.

Em 2012, um acordo entre os envolvidos encerrou o caso e, no ano passado, o economista francês foi absolvido das acusações de ter obtido vantagens econômicas com a prostituição alheia, crime pelo qual também era investigado.

Ratner, diretor da franquia “A hora do rush” e de “X-Men 3”, adiantou em Cannes que o protagonista de “The libertine” sofre da mesma acusação e passa por um período em prisão domiciliar, assim como Strauss-Kahn.

“O filme inteiro se passa em uma só locação, e eu nunca fiz isso antes. É um dos melhores roteiros que eu já li”, elogiou, se referindo ao texto de Ben Kopit. “As pessoas estão surpresas porque eu sempre fui um cineasta de filmes comerciais, e esse é um filme bem menor”.

“Bem-Vindo a Nova York”, longa dirigido por Abel Ferrara e estrelado por Gérard Depardieu, também é inspirado na história de Dominique Strauss-Kahn.