Cotidiano

Instituto conclui primeira fase de testes da ?pílula do câncer? em SP

2016 901144530-2016 900862406-2016 900824625-iqsc_fosfoetanolamina_437-15_fo.jpgSÃO PAULO. A primeira etapa dos testes em humanos com a fosfoetanolamina, conhecida como ?pílula do câncer?, foi concluída em São Paulo depois de dois meses sem efeitos colaterais graves, mas seguirá com menos seis pacientes. A próxima etapa começa na próxima segunda-feira.

Em coletiva para a imprensa nesta quarta-feira, o diretor-geral do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) , responsável pelas avaliações, informou que seis dos dez pacientes que participaram desta primeira avaliação foram removidos porque a doença apresentou evolução, mas frisou que isso não significa que o produto é ineficaz.

– Essa etapa serviu para estudarmos se o uso do produto nas doses utilizadas trazia riscos. E não encontramos nenhum efeito colateral grave – explicou. – Lembrando que essa fase não é para provar a eficácia do produto. A resposta quanto ao seu benefício será na próxima etapa – continuou.

Hoff avisou que não iria comentar se os pacientes apresentaram alguma melhora. De acordo com ele, os primeiros resultados quanto à eficácia da pilula se darão em seis meses.

Na próxima segunda-feira, a substância passará a ser avaliada em mais 200 pacientes, pelo Icesp.

Serão 10 tipos de câncer diferentes. Eles receberão três comprimidos da fosfoetanolamina por dia, durante seis meses.

Na data em que o teste com humanos em São Paulo foi anunciado, no fim de julho, Hoff explicou que os pacientes escolhidos já estavam cadastrados para fazer tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS), e que não seriam incluídas pessoas em fase terminal da doença nem que estivessem fazendo tratamento com quimioterapia, para que o sistema imunológico estivesse intacto.

A substância é produzida no laboratório PDT Pharma, pela equipe do professor de Química aposentado Gilberto Chierice, da USP de São Carlos, inventor da fórmula. Depois ela é encaminhada para a Fundação para o Remédio Popular (Furp), ligada à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, responsável por encapsular a fosfo. Nos últimos dias, a PDT Pharma entregou 36 quilos da substância, quantidade suficiente para 70 mil cápsulas.