LONDRES ? A inflação britânica se desacelerou inesperadamente em outubro, embora os preços dos produtos manufaturados subiram ao ritmo mais acelerado em ano após a queda da libra esterlina, o que faz prever valores mais altos para os consumidores no próximo ano. Segundo a Oficina Nacional de Estatísticas, os preços ao consumidor registraram alta de 0,9% frente à medição anual, abaixo do aumento aualizado de 1,1% previsto pelos economistas. No entanto, os preços dos produtos à saída de fábrica subiram 2,1%, a um ritmo maior do que o previsto e que já não era registrado desde abril de 2012. Os custos enfrentados pelos produtores pelas matérias-primas e petróleo tiveram um aumento recorde mensal em outubro, de 4,6%.
“Depois de inicialmente impulsionar os preços das matérias-primas, a recente queda no valor da libra está agora começando a impulsionar o preço dos produtos que saem da fábrica também”, disse o estatístico Mike Prestwood. “No entanto, além do combustível, não há evidências claras de que essas pressões tenham emgordado até agora os preços nas lojas”, disse o especialista.
No início deste mês, o Banco de Inglaterra calculou que a inflação avançaria cerca de 2,7% a estas alturas do próximo ano, quando prevê-se uma grande desvalorização da libra após o “Brexit” impulsionar para cima o custo das importações.
Diante desses indicadores e devido ao fato de se esperar que os salários cresçam mais lentamente, muitos lares provavelmente irão enfrentar uma alta do custo de vida no próximo ano.A inflação britânica tem estado abaixo da meta de 2% estipulada pelo Banco da Inglaterra durante quase três anos, sendo que em 2015 foi de zero, o menor nível da história.
