Cotidiano

Indústria do Paraná recua 18,4%

Rio de Janeiro – A indústria paranaense foi a segunda mais afetada pela paralisação de caminhoneiros ocorrida de 21 a 31 de maio. O recuo da produção foi de 18,4% em maio, atrás apenas da queda registrada em Mato Grosso, de 24,1%. Os dados foram apurados pela PIM (Pesquisa Industrial Mensal) feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Os dados divulgados ontem revelam que a greve derrubou a produção industrial de 14 dos 15 estados investigados pelo IBGE. Também houve grande impacto na Bahia (15%) e em Santa Catarina (-15%). São Paulo (-11,4%) e Rio Grande do Sul (-11%) completam a lista dos estados cujas perdas em maio superam a média nacional, que foi de 10,8%.

Na média nacional, os bloqueios de estradas e o consequente desabastecimento de alimentos e combustíveis levaram à produção industrial brasileira em maio a uma perda de 10,8% em relação a abril.

A exceção foi o estado do Pará, o único da lista de 15 estados investigados pelo IBGE que teve alta na produção de maio, de 9,2%.

Comércio

Dados da Pesquisa Conjuntural da Fecomércio PR (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná) mostram que as vendas do varejo paranaense cresceram 1,59% de abril para maio. Em relação a maio de 2017, houve aumento de 3,3% no faturamento e no acumulado do ano registram alta de 5,8%.

Ainda que negativos, os efeitos da greve dos caminhoneiros não foram suficientes para que o comércio deixasse de crescer. Como a paralisação teve início no dia 21 maio, boa parte das vendas do mês já havia sido concretizada. Alguns setores demoraram mais tempo para sentir os efeitos da greve, pois possuíam mercadorias em estoque. Outros tiveram as vendas apenas postergadas e alguns, como o ramo de supermercados (8,71%), tiveram elevação no faturamento em função da corrida dos consumidores para estocar mantimentos.

Os segmentos de calçados (17,86%), vestuário e tecidos (13,9%) e as lojas de departamentos (17,5%) apresentaram crescimento nas vendas em maio na comparação com abril, especialmente em função da chegada do inverno.

No acumulado do ano, os destaques são as concessionárias de veículos (35,19%), materiais de construção ( 11,86%) e as lojas de departamentos (8,19%).

Análise regional

Na variação mensal, o comércio de Curitiba e Região Metropolitana teve aumento de 4,65% nas vendas. Da mesma forma, a região oeste mostrou crescimento de 2,08% em maio e em Ponta Grossa houve acréscimo de 0,98% no faturamento. A pesquisa da Fecomércio PR registrou perdas em Londrina (-3,39%), sudoeste (-2,4%) e Maringá (-1,13%).

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, tiveram majoração nas vendas as regiões oeste (18,64%), Londrina (2,31%), Capital (0,98%) e Ponta Grossa (0,91%). Já o sudoeste e a região de Maringá tiveram queda de 6,42% e 2,91%, respectivamente.

No acumulado de janeiro a maio, a região oeste se sobressai, com aumento nas vendas de 19,78%, seguida por Londrina, com 11,08%. Maringá apresentou alta de 2,79%; o sudoeste de 2,12%; Ponta Grossa de 1,52% e Curitiba e Região Metropolitana de 0,56%.