Cotidiano

Impressões irregulares

A Prefeitura de Cascavel vai abrir processos administrativos para investigar o uso indevido, por parte de servidores, das máquinas de impressões usadas para copiar documentos. A contratação, por meio de licitação, de uma empresa especializada em fornecimento de equipamentos para impressão, possibilitou, além de economia, mais controle sobre os documentos impressos.

Em análise preliminar, foram constatadas impressões de três livros sobre mediunidade (com 264, 248 e 124 páginas), além de vários TCCs (Trabalho de Conclusão de Curso) – um deles com 253 páginas. Na rápida averiguação, foi possível constatar cerca de mil impressões que podem ser consideradas "irregulares" e há outras suspeitas em análise. Com o software de gerenciamento de impressões é possível identificar quem fez impressão, em qual secretaria, horário e quantidade de cópias.

Adriano Oliveira, responsável pelo Departamento de Informática, diz que o processo licitatório foi formulado dentro de "um modelo econômico, sustentável e eficaz que proporciona maior qualidade no serviço e, especialmente, o controle de quantidade e também dos conteúdos que estão sendo impressos".

Segundo a prefeitura, com o software de gerenciamento das impressões, a administração já detectou a "má utilização" dos equipamentos e cumpre a determinação do prefeito Leonaldo Paranhos, que desde o início da gestão determinou o combate ao desperdício dos recursos públicos e à corrupção, seja em que nível for praticada.

Economia e eficiência

A época da licitação, em julho, o diretor do Departamento de Compras da Prefeitura de Cascavel, Edson Zorek, explicou que o edital para licitação para contratação da empresa especializada em impressões e digitalizações, contemplava "vários serviços e também diferentes equipamentos que atendem necessidades de acordo com a demanda das secretarias que são diferentes e exigem equipamentos diferentes".

Entidades

O processo licitatório contou com a participação do Sebrae e do Programa Compras de Cascavel, que atua no âmbito da Acic, para garantir que o processo tivesse "total transparência", bem como protegesse os interesses da administração pública.