Histórias de humildade e bondade
Uma comunidade espírita de Foz do Iguaçu distribuiu alimentos na madruga de Páscoa. Allan César lembra dos exemplos do Mestre em toda sua trajetória terrena. Para o grupo, a despretensiosa bondade do Nazareno é a essência da comemoração: “Olhamos para a cruz como uma prova de amor incontestável e serena”.
A professora aposentada Oni Barbieri relembrou os tempos de sala de aula, fazendo uma receita que preparava para seus pequenos alunos. Enquanto o amendoim e o açúcar se juntavam na panela, os olhos saudosos da professora lembravam dos pequenos e dos seus sorrisos iluminados. “Era o pouco que podíamos compartilhar, mas o amor que isso gerou é capaz de me fazer feliz por toda a vida”, relembra.
Andressa Muller lembrou a morte e ressurreição de Jesus contando a história do Salvador para as crianças da família e amigos. Enquanto pintavam as casquinhas de ovos, o Cristo menino foi lembrado e seus exemplos vistos como heroísmo pelos pequenos. “Páscoa é o novo e essa novidade precisa sempre nos levar mais próximos de Cristo”, conta.
O Cristo revolucionário também é exemplar. A design cake Kelly Cristina Theodoro precisou recomeçar a vida depois de uma forte depressão. Desempregada, com dois filhos pequenos, ela precisou aprender uma nova profissão e viu na Páscoa a saída para a reviravolta: “Eu faço bolos, ovos, sobremesas para as famílias comemoraram esse momento. O real sentido da Páscoa não pode se resumir aos banquetes que eu preparo, mas no amor que eu emprego para que as pessoas se sintam amadas e cuidadas, pois esse foi o desejo maior do nosso Mestre”.
Luciano deixou a prisão dois dias antes da comemoração pascoal. Ele tem apenas três dias para ficar com a família, depois vai retornar para a cela para cumprir mais cinco anos de sua pena. Ele foi condenado por homicídio e passou os últimos três anos sem voltar para casa. “Cristo também foi assassinado e esteve entre ladrões na cruz. Mesmo que a sociedade jamais perdoe meu erro, tenho feito esse pedido para Jesus e sei que ele pode me ouvir”, confessa o homem.
