Cotidiano

Hillary cresce sobre Trump, e público minimiza doença, diz Reuters

NOVA YORK – A candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton, voltou a ganhar força e tem uma vantagem de quatro pontos percentuais sobre o rival republicano, Donald Trump, de acordo com uma nova pesquisa Reuters/Ipsos. Além do reforço, a sondagem mostra que seu recente período de críticas por ter escondido uma pneumonia parece não ter espantado seus simpatizantes.

O levantamento realizado entre 9 e 15 de setembro mostrou que 42% de prováveis eleitores apoiavam Hillary, enquanto 38% favoreciam Trump. Hillary, que tem liderado a pesquisa pela maior parte do tempo desde as convenções nacionais republicana e democrata terminadas em julho, reconquistou a vantagem nesta semana depois que a sua liderança brevemente se esvaiu no fim de agosto.

Grande parte dos entrevistados respondeu à pesquisa depois da divulgação do vídeo que mostra Hillary quase caindo numa cerimônia em memória do 11 de Setembro em Nova York, no domingo. Depois, a sua campanha declarou que ela tinha uma pneumonia bacteriana não contagiosa, e ela voltou à campanha.

O vídeo provocou a retomada da discussão sobre a saúde dos dois candidatos. Trump, de 70 anos, seria o presidente mais velho a assumir o cargo, enquanto Hillary, 68 anos, seria a segunda mais velha. Desde então, os dois candidatos divulgaram detalhes da sua saúde pessoal.

Os americanos não parecem estar muito preocupados com a saúde dos candidatos. De acordo com uma pesquisa Reuters/Ipsos separada feita nesta semana, a maior parte afirmou que o tema não faria diferença na hora de votar. Uma porcentagem mínima dos simpatizantes de Hillary afirmou que preocupações sobre a saúde da candidata tornaram o voto nela ?menos provável?.

A pesquisa Reuters/Ipsos é conduzida online em todos os 50 estados. A pesquisa sobre a corrida eleitoral ouviu 1.579 prováveis eleitores na última semana. O levantamento sobre a saúde dos candidatos ouviu 1.179 americanos adultos de 12 a 16 de setembro. As duas pesquisas têm um intervalo de credibilidade de três pontos percentuais.

Hillary tem vantagem entre minorias, mulheres, pessoas que ganham mais de 75 mil dólares por ano e aqueles de tendência política moderada. Trump tem vantagem entre brancos, homens, entre os muito religiosos e as pessoas perto da idade de se aposentar.

No geral, os norte-americanos parecem não muito inspirados em relação às suas opções para presidente com menos de oito semanas antes do pleito. Um em cada cinco prováveis votantes afirmou que não apoiava nem Hillary nem Trump. Num momento similar da campanha presidencial de 2012, um em cada dez prováveis votantes não favorecia nem o presidente Barack Obama nem o seu adversário republicano, Mitt Romney.