Cotidiano

Haruki Murakami é (mais uma vez) o favorito para levar o Nobel de Literatura

2012 571972012-2012112129986.jpg_20121201.jpgRIO ? O escritor japonês Haruki Murakami, de 67 anos, figura na lista de favoritos ao Prêmio Nobel de Literatura desde 2011, mas, se depender das casas de apostas, a aguardada vitória do autor de “Norwegian wood” (Objetiva) não escapa em 2016. Ele é apontado como o concorrente mais forte entre apostadores europeus (incluindo britânicos, principal mercado de apostas) e americanos.

Outros três autores também aparecem como bem cotados: o poeta sírio Adonis, o queniano Ng?g? wa Thiong’o, atração da Flip em 2015, e o experiente romancista americano Philip Roth.

Murakami é considerado um dos maiores best-sellers do mundo hoje. É ele o autor da trilogia ?1Q84? e de romances como ?Kafka à beira-mar? e ?Minha querida Sputnik?, todos publicados no Brasil pela Alfaguara. Traduzido para mais de 50 idiomas, seu sucesso é atribuído à capacidade de construir enredos fantasiosos, uma prosa ágil e mesclar referências culturais japonesas e ocidentais.

Adonis ? pseudônimo adotado por Ali Ahmad Said Esber, nascido em 1930, num vilarejo no norte da Síria ?, por sua vez, é considerado o maior nome da poesia árabe moderna. Radicado na França desde os anos 1980, ele também foi atração da Flip, em 2012. A relação entre Ocidente e mundo árabe é um tema central na obra do poeta. Desde os primeiros poemas, ele buscou uma aproximação entre a rica tradição literária árabe e as inovações formais do modernismo europeu, influenciado por autores como Rimbaud e T.S. Eliot.

O queniano Ng?g? wa Thiong’o foi cotado para ganhar o Nobel em 2010, quando perdeu para Mario Vargas Llosa. A prosa de Thiong?o foi marcada pela divisão entre a identidade local e a identidade imposta pela colonização britânica. Ele tem livros escritos no idioma nativo gikuyu e em inglês. No Brasil, foram publicados no ano passado ?Um grão de trigo? (Alfaguara), que retrata a independência do Quênia, e ?Sonhos em tempos de guerra? (Biblioteca Azul), suas memórias.

Aos 83 anos, o americano de origem judaica Philip Roth anunciou sua aposentadoria em 2013. Ao longo de sua carreira, que durou meio século, ele enfrentou polêmicas ao ser acusado de antissemitismo e misoginia. E, apesar de passar a vida defendendo-se delas, sagrou-se um dos maiores escritores americanos vivos.

Correm por fora, ainda, o albanês Ismail Kadaré, o argentino César Aira, a americana Joyce Carol Oates e o norueguês Jon Fosse.

O vencedor será anunciado pela Academia Sueca na próxima quinta-feira, dia 13 de outubro, uma semana depois do período habitual ? normalmente, o prêmio é anunciado na primeira quinta de outubro. No ano passado, o prêmio foi dado para a bielorrussa Svetlana Aleksiévitch, que também era apontada com grande favorita pelos sites de apostas.