Cotidiano

Guaíra pode passar o fim de semana prolongado sem água

Guaíra – A cidade de Guaíra está em alerta e a prefeitura já decretou estado de emergência. Isso porque o principal poço para captação de água para abastecimento municipal parou de funcionar e, segundo a prefeitura, o fim de semana prolongado pode ser sem água potável nas torneiras. O alerta é para que haja economia geral.

Segundo a prefeitura, “o poço profundo da Avenida 5 está parado e, por isso, um decreto de emergência foi publicado Diário Oficial do Município ainda no dia 4 de setembro com a finalidade de agilizar a contratação de serviços para a recuperação do manancial”.

Ocorre que o problema é considerado grave por diversos motivos. Primeiro porque a bomba está instalada a 720 metros de profundidade e não dá para saber se o problema está nela. Há ainda a possibilidade de os problemas estarem nos filtros, ou, na pior das hipóteses, na deterioração na estrutura do próprio poço. “O equipamento de sucção danificado seria o melhor dos cenários, uma vez que o Deagua [companhia de abastecimento] tem um dispositivo de reserva. Mesmo assim, a operação de retirada é demorada e cara, demandando empresa de alta especialização”, destacou o Município.

Ao todo são 120 tubos de aço com seis metros de comprimentos atarraxados um na extremidade do outro, pesando centenas de quilos cada um. Uma tarefa que só seria dado conta com o auxilio de um potente guincho e operários desparafusam os canos, um por um.

“Com decreto de emergência o Deagua já está contratando a empresa que deve executar o serviço na semana que vem. O problema é no fim de semana prolongado do 7 de Setembro, se a população não economizar vai faltar água, especialmente horário de pico, das 18h às 21h, na parte mais alta da cidade, principalmente nos bairros da região do Luiz Afonso, Aniceto e Tonico Garcia”.

O apelo para economia é porque, a ETA (Estação de Tratamento de Água Manuel Joaquim de Almeida) no Ribeirão do Jardim e o poço profundo Alcineu Eleorodo, no bairro Tonico Garcia, têm capacidade, juntos, de produção e armazenamento de água de 12 milhões de litros. Com um consumo moderado de 800 litros em média por residência este volume seria suficiente sem causar transtorno a nenhum morador.

“A tese do desperdício se sustenta pelo fato dos problemas com falta de água ou pressão ocorrerem somente nos horários de picos e fim de semana, momento em que a maior parte das pessoas está em casa”, reforçou o Município. Ainda não é possível prever quando a captação voltará ao normal.