Cotidiano

Governo planeja criar segurança privada no Centro

RIO – Depois de implementar o Segurança Presente (modelo de policiamento feito em
parceria com a iniciativa privada) no Aterro do Flamengo, na Lagoa e no Méier, o
governo do estado pretende, a partir do dia 1º de julho, adotar a estratégia no
Centro da cidade, que ganhará reforço diário de 522 PMs da reserva e jovens que
acabaram de deixar as Forças Armadas, após cumprir o serviço obrigatório. A
notícia foi antecipada ontem pelo colunista Ancelmo Gois. O convênio ainda não
foi formalizado com a Fecomércio-RJ, responsável pelos R$ 44 milhões destinados
ao Segurança Presente nas regiões já implementadas e possível investidora do
programa no Centro.

Responsável pelo projeto dentro do governo, o secretário
estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Paulo Melo, garante, no
entanto, que a parceria foi firmada na última sexta-feira e que só faltaria
assinar o contrato. Segundo ele, o programa terá duração de um ano e custará R$
47 milhões ao todo ? metade do valor seria bancada pela prefeitura e a outra
metade pela Fecomércio. Links_crise_segurança

? Não é um projeto barato. Todo mundo passa por um
momento de dificuldade. Queríamos incluir também o Campo de Santana e seguir até
a sede da Prefeitura, na Cidade Nova, mas isso ficou para uma segunda fase.
Ficou caro, chegaria a R$ 74 milhões ? afirmou Paulo Melo.

De acordo com o plano de trabalho do Centro Presente, a
área de cobertura cobriria boa parte do trajeto por onde passará a primeira
linha do VLT. A pé, de carro, moto e vans, as equipes percorrerão o novo
boulevard da Avenida Rodrigues Alves e a Avenida Beira-Mar, passando pela Praça
Mauá, Candelária, Praça Quinze e Avenida Rio Branco.

BARRA ESTÁ NOS PLANOS

No ano passado, Paulo Melo já havia prometido replicar o Segurança Presente
na Barra da Tijuca, mas o projeto ainda não saiu do papel. De acordo com ele, a
área de cobertura ainda está sendo definida. O secretário afirma que a proposta
mais avançada, no momento, é a extensão do Aterro Presente até a Enseada de
Botafogo, na altura do Mourisco. Hoje, o patrulhamento das equipes termina no
Monumento a Estácio de Sá.

Procurada, a Fecomércio informou que as negociações ainda estão em andamento.
Em nota, disse que tem debatido com o governo, desde o ano passado, a extensão
do programa para o Centro, região que vem demonstrando necessidade de atenção
especial e reforço de segurança ostensiva. A nota destaca ainda que, nas
reuniões sobre a extensão do programa, que incluem a participação da prefeitura,
são discutidas a possibilidade de mais entidades da iniciativa privada e
empresas investirem e colaborarem para a implementação do programa no Centro. A
prefeitura não se manifestou sobre o projeto.