Toledo – A cidade de Toledo está entre os lugares em que o gás de cozinha custa mais caro em toda a Região Sul do País. É o que revela a pesquisa semanal de levantamento de preços da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). A pesquisa é referente à semana de 16 a 22 de setembro.
O levantamento por região mostra que em toda a Região Sul o preço mínimo encontrado é de R$ 48 e o preço máximo é de R$ 88. Já a pesquisa semanal por município, realizada em 879 pontos de comercialização, mostra que, em uma distribuidora na Vila Industrial, em Toledo, o botijão de 13 quilos custa R$ 88.
Assis Chateaubriand, Cascavel, Guarapuava e Maringá vêm logo atrás com o preço máximo de R$ 85. Já considerando o preço médio, em Assis é de R$ 84,23, em Toledo de R$ 83,75 e em Foz do Iguaçu de R$ 81,85.
O gás mais barato do Paraná foi encontrado na cidade de Paranaguá, e varia entre R$ 56,38 a R$ 60.
O coordenador do Procon de Toledo, Wellington José de Oliveira, lembra que é estritamente proibido e relevante de denúncia de formação de cartel, quando os vendedores combinam o preço e não permitem a ninguém vender mais barato que o combinado. “Se há formação de cartel e cobrança de preço abusivo, o consumidor não tem opção a não ser pagar o preço que o vendedor estipulou. Caso isso aconteça, o consumidor precisa denunciar”.
Segundo ele, o que determina o preço é a livre concorrência. “Não há nada de errado com o contrate de preços. Se alguém se sentir lesado, pode denunciar e o Procon irá investigar, mas se a concorrência for legal, o consumidor não é obrigado a comprar o produto onde está mais caro. Da mesma forma, o empresário não irá jogar o preço lá em cima para tentar ter mais lucro, pois se o concorrente vende a um preço justo, ele sabe que ninguém comprará de quem vende mais caro”.
A orientação do Procon é para que o consumidor pesquise bastante antes de comprar e garantir o melhor preço.
Botijão a R$ 90
Se na pesquisa oficial da ANP o gás mais caro da região está em Toledo, de acordo com o olho do consumidor o mais caro mesmo está na cidade de Palotina, onde a diferença do preço mínimo para o preço máximo chega a R$ 20. A administradora de empresas Cristiane Cruz conta que já chegou a comprar gás a R$ 90 no início do mês e afirma que a culpa não é da greve dos caminhoneiros: “Muito antes da greve o gás já estava caro na cidade e com a alta do início de setembro em um dos pontos de revenda chegou a custar R$ 90, mas agora eu sempre pesquiso bastante antes de comprar e vi que varia bastante dentro da cidade. Tem estabelecimentos vendendo a R$ 75 o botijão, por exemplo”.
O preço de R$ 90 não consta no site da ANP porque no levantamento semanal de preços ao consumidor não participam todas as cidades. A pesquisa de preços é feita em 459 localidades em todos os estados mais o Distrito Federal. “A seleção das cidades é estabelecida a partir de critérios econômicos, em função de variáveis como renda, população, número de postos revendedores e frota de veículos”, informou a Agência.
