Cotidiano

Ford critica decisão de Trump sobre imigração

64433174_This Tuesday Jan 17 2017 photo shows a Ford sign at an auto dealership in Hialeah Fla Ford.jpgWASHINGTON – A montadora americana Ford se uniu ao coro de empresas criticando a decisão de Donald Trump sobre a proibição da imigração de cidadãos de sete países de maioria muçulmana. O presidente do conselho da Ford, Bill Ford Junior, e o diretor executivo, Mark Fields, disseram em um comunicado aos funcionários que a montadora não apoia o que eles chamaram de “um novo veto americano a imigração”. Trump nega entrada de imigrantes

? Nós não apoiamos essa política ou qualquer outra que vá contra nossos valores como uma companhia ? ressaltaram os executivos, acrescentando que a Ford não está ciente de nenhum funcionário diretamente afetado pela política.

O pronunciamento da Ford veio no mesmo dia em que o chefe executivo da Goldman Sachs Group Inc, Lloyd Blankfein, disse que não apoia a política de imigração de Trump.

Fields se encontrou duas vezes com Trump na última semana para falar sobre questões econômicas. A Ford foi duramente critada pelo presidente norte-americado durante a campanha para transferir algumas produções para o Méximo, mas foi elogiada nas últimas semanas por anunciar novos investimentos nos Estados Unidos.

A Ford tem base em Dearborn, Michigan, onde fica uma das maiores populações árabes-americanas dos Estados Unidos.

A General Motors, a Fiat Chrysler Group, a Toyota Motor Corp. e a Honda Motor Co. recusaram-se a comentar sobre a ordem de imigração de Trump. O vice presidene da GM, Mark Reuss, perguntado em um evento sobre a medida do presidente disse somente que “a GM é uma empega global”.

O chefe executivo Tesla Motors Inc., Elon Musk, usou sua conta no Twitter no domingo para pedir aos seguidores que leiam a ordem de imigração e propor “alterações específicas”. Ele disse que procuraria um consenso entre os membros de um conselho consultivo de negócios que espera se reunir com o presidente Trump esta semana.

Em resposta a um comentário em seu feed do Twitter, Musk escreveu: “Não há possibilidade de retração, mas há possibilidade de modificação (…)”. Não ficou claro o papel que Musk desempenharia na organização dos 19 membros do conselho consultivo de negócios. Ele não respondeu sobre o assunto.

Várias empresas de tecnologia criticaram a ordem da Casa Branca de suspender o programa norte-americano de refugiados e barrar a entrada de cidadãos de sete países de maioria muçulmana nos Estados Unidos. Até agora, muitas empresas norte-americanas fora do Vale do Silício não comentaram o caso ou emitiram declarações cautelosas, destacando compromissos com uma força de trabalho diversificada.

As empresas de logística FedEx e United Parcel Service (UPS) emitiram declarações dizendo que estavam revisando o impacto da política. A FedEx disse que está “trabalhando ativamente para buscar esclarecimentos o mais rápido possível”. Já a UPS disse que está analisando as implicações da ordem para os funcionários em todo o mundo e que “apoia políticas que permitem a movimentação legal de pessoas pelas fronteiras, ao mesmo tempo em que compreende a necessidade de proteger a segurança nacional”.