Cotidiano

Força Sindical vê ?medidas duras e equivocadas? na proposta de reforma

SÃO PAULO. Reunida nesta quarta-feira, a direção nacional da Força Sindical divulgou comunicado em que classifica como ?injusta, e extremamente prejudicial aos trabalhadores? a proposta para a reforma da Previdência apresentada pelo governo.

O pacote do executivo, na avaliação da central, sugere ?medidas muito duras e equivocadas?, que prejudicam principalmente os mais pobres. A Força Sindical informa que está preparando sugestões para modificações no texto do Projeto de Emenda Constitucional (PEC) da Previdência.

?É preciso sensibilidade social e a busca de uma solução equilibrada que não penalize, principalmente, os menos favorecidos economicamente?, diz a Central, destacando que não aceitará a fixação da idade mínima de 65 anos, por considerar esse mecanismo ?uma injustiça com quem ingressou, ou ingressará, mais cedo no mercado de trabalho?.

A Força Sindical cobra também que haja a diferenciação de gêneros ? ?visto que as mulheres têm dupla, e às vezes até tripla, jornada?, e que as pensões não sejam desvinculadas do salário mínimo. Para a central, ainda as aposentadorias dos policiais militares e dos bombeiros devem ser debatidas e resolvidas pelos estados e municípios.

?As mudanças na Previdência têm de levar em consideração que a Instituição (INSS) é um patrimônio do trabalhador e do cidadão brasileiro. Qualquer alteração terá de ter, como princípio, que os aposentados recebam benefícios com valores suficientes para que tenham uma vida digna. Não podemos deixar de destacar que valorizar as aposentadorias é uma forma sensata e justa de distribuição de renda?.

A Força avisa também que irá ?mobilizar e alertar os trabalhadores para que procurem o seu sindicato a fim de que possamos alertá-los para os prejuízos que as mudanças trazem e para conscientizá-los sobre a reforma que almejamos?.

? Reformar a Previdência com a perspectiva de retirar direitos afasta cada vez mais o governo dos trabalhadores e da sociedade em geral. Somos contra qualquer medida que retire direitos! ? conclui Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical.