Cotidiano

Ferroeste moderniza locomotivas e vagões

A expectativa é modernizar a frota ferroviária para atender a safra 2020/2021, estimada em 24,3 milhões de toneladas de grãos

Ferroeste moderniza locomotivas e vagões

Cascavel – O governador Carlos Massa Ratinho Junior entregou nessa terça-feira (1º) o primeiro pacote de revitalização e modernização das locomotivas e vagões da Ferroeste. Foram atualizadas três das 14 locomotivas e dez dos 245 vagões da empresa pública no lote 1 desse pacote. O investimento global foi de R$ 1,4 milhão. A expectativa é modernizar a frota ferroviária para atender a safra 2020/2021, estimada em 24,3 milhões de toneladas de grãos.

As melhorias envolveram chapeação, pintura, revisões na parte elétrica, restauração dos motores de tração, acabamentos internos para auxiliar a ergonomia do maquinista, e pintura com novo layout padrão de Comunicação do governo do Paraná.

“Essa revitalização das locomotivas ajuda na capacidade de transporte de carga do nosso agronegócio, dos grãos e das carnes dos frigoríficos do oeste e da região central que vão para todo o mundo”, afirmou Ratinho Junior. “A Ferroeste é lucrativa e vem se modernizando. Mais do que deixar seus ativos mais modernos, é uma demonstração de que eles são importantes para o Paraná. O Estado tem o agronegócio mais competitivo do mundo e tem a obrigação de ser o melhor da roça até o escoamento”.

Segundo o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, a Ferroeste está sendo modernizada para atender o crescimento da produção do agronegócio e para potencializar ainda mais os portos paranaenses. “Queremos tornar o Paraná um Estado logístico, eficiente em todos os modais, e a Ferroeste se soma a essa programação para bater novos recordes de movimentação nos próximos anos, espelhando o resultado alcançado em 2020, com 53 milhões de toneladas”, disse o secretário.

O diretor-presidente da Ferroeste, André Gonçalves, disse que esse investimento foi pensado para dar conta do avanço de 2021: “É uma reforma completa dos vagões e das locomotivas, simbolizado no novo layout”, afirmou.

Esse investimento, acrescenta, é parte do maior pacote de melhorias da história da empresa estatal, estimado em cerca de R$ 35 milhões. “Há 30 anos não se investia tanto no modal ferroviário no Paraná”.

As melhorias na operação diária da empresa englobam R$ 1 milhão na construção de um parque fotovoltaico para reduzir em 50% os gastos com energia elétrica; R$ 1 milhão para resolver os nove pontos críticos do trecho Guarapuava-Cascavel, diminuindo as restrições de velocidade e melhorando a eficiência do transporte; e R$ 3 milhões com apoio de Itaipu Binacional para a contratação dos EVTEA (Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental) dos terminais de Cascavel (novo plano-diretor para modernização do terminal, preparando a estrutura para a ferrovia Maracaju-Paranaguá) e Foz do Iguaçu (análise de localização para complementar as obras em andamento no município, tirando os caminhões do Centro).

 

Cotriguaçu

No mesmo evento, a Cotriguaçu anunciou investimento de cerca de R$ 10 milhões na ampliação do terminal de contêineres frigorificados. A empresa movimenta cerca de mil contêineres por mês. Com a modernização, a expectativa é de que sejam movimentados de 1,3 mil a 1,5 mil/mês. A ampliação gerará ao menos 20 empregos diretos e o prazo para a conclusão da ampliação é de seis meses.

A Cotriguaçu, formada pelas cooperativas C.Vale, Copacol, Coopavel e Lar, mantém dois terminais dentro da Ferroeste, um para recebimento de grãos e um de contêineres refrigerados. Esse investimento estava represado há quatro anos e foi desenrolado com a atuação da Ferroeste junto ao setor produtivo, se somando a outros R$ 200 milhões aportados pelo grupo nos últimos anos.

“É uma área de 15 mil metros quadrados que já fazia parte do nosso parque. Estamos investindo em Cascavel desde 2013. Empregamos 120 pessoas diretamente, temos diversos parceiros indiretos, e estamos investindo cada vez mais com tecnologia automatizada, que agiliza o nosso trabalho”, afirmou o superintendente da Cotriguaçu, Gilson Anizelli.

A câmara frigorífica tem habilitação para abastecer o mercado interno e a União Europeia, Chile, Japão, Argentina, Paraguai e Uruguai. Ela possui capacidade de armazenagem de 10 mil toneladas de produtos congelados. Conta, ainda, com dois túneis de recuperação de frio com capacidade para 70 toneladas estáticas; pátio de contêineres com 132 tomadas frigorificadas e espaço para armazenamento de 400 contêineres vazios; e pátio rodoviário com tomadas frigorificadas com capacidade para 32 caminhões.