Cotidiano

Faturamento real da indústria sobe 2,4% em agosto ante julho

Brasília – O faturamento da indústria brasileira aumentou em agosto, mas ainda não teve reflexo sobre o emprego e a massa salarial dos trabalhadores do setor. De acordo com pesquisa divulgada nessa terça-feira, 2, pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), o faturamento real (já descontada a inflação) aumentou 2,4% de julho para agosto. O uso da capacidade instalada também subiu nesse período de 78% para 79,1% assim como as horas trabalhadas, que aumentaram 1%.

Em agosto, porém, o emprego ficou praticamente estável (-0,1%), enquanto a massa recuou 0,8% e o rendimento médio real 0,4%.

Na comparação com agosto de 2017, o faturamento da indústria sobe ainda mais, 8,2%, enquanto a massa salarial real caiu 4,8% e o rendimento médio real, 5,1%. O emprego apresentou leve aumento (0,3%), e as horas trabalhadas subiram 0,9%.

No ano, há um aumento de 5,5% no faturamento e de 0,4% no emprego. As horas trabalhadas também aumentaram, 0,8%. Já a massa salarial real recuou 1,4% e o rendimento médio real, 1,8% de janeiro a agosto.

Produção industrial 2º mês seguido

A produção industrial de agosto teve queda de 0,3% em agosto, divulgou nessa terça-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O indicador voltou a registrar queda na comparação mensal após cair 0,2% em julho.

Em relação a agosto de 2017, a produção subiu 2%. Nessa comparação, sem ajuste, as estimativas variavam de uma expansão de 1,70% a 3,70%, com mediana positiva de 2,85%.

No ano, a indústria teve alta de 2,5%. No acumulado em 12 meses, a produção da indústria acumulou avanço de 3,1%.

O comportamento da produção industrial reflete a dificuldade do setor em engatar uma retomada firme, seja por questões estruturais, seja por fatores pontuais, conforme analistas. Entre o fim de maio e o início de junho, por exemplo, a paralisação dos caminhoneiros contaminou a produção da indústria, o que ainda pode ter influenciado a PIM de agosto.