Cotidiano

Estradas rurais precárias

Escoar a produção agropecuária de algumas propriedades rurais de Cascavel se tornou um verdadeiro desafio. Com trechos em péssimo estado de conservação, muitas estradas ficam intransitáveis em períodos de chuva.

Morador do Distrito de Diamante, Benedito Faustino diz que é impossível trafegar pelas estradas rurais. “Há vezes que nem o trator consegue puxar os caminhões, carros, nada passa. Quando chove é impossível”, observa.

Um fazendeiro que usa com frequência a estrada de Jangada Taborda, que pediu para ter a identidade preservada, contou que não há obras nas vias há pelo menos 15 anos. “Parece que para nós não tem prefeito, nunca é feito nada. As estradas com pedra grandes, pontiagudas cortam os pneus, eu mesmo já gastei muito, cada vez que passo é um pneu danificado. As estradas foram esquecidas de vez”, diz.

O agropecuarista diz que a comunidade já tentou diálogo com o poder público, mas não encontra agenda disponível para apresentar as reivindicações. “Quando queremos conversar sobre a situação todos sempre estão em reunião, nunca é feito nada. Falam que não tem maquinário para os procedimentos”, conta. Ele calcula que 80% daquela parte da área rural de Cascavel está completamente abandonada.

Veja algumas imagens:

Serviços em andamento

A diretora da Secretaria de Agricultura de Cascavel, Leila Viana, informou que serviços estão sendo realizados nas estradas rurais, dentre elas a de Jangada Taborda. “Devido ao mau tempo estamos enfrentando problemas, mas há equipes realizando manutenção em Diamante e também na estrada para Jangada”, diz.

Segundo Leila, para Diamante há um projeto da Prefeitura de Cascavel com a Itaipu para a revitalização das estradas.

Segurança

Além da qualidade das estradas, um serviço que deixa a desejar é a segurança pública. “Falta policiamento na área rural, a patrulha passa bem pouco. O pessoal da cidade vem nas nossas casas e levam tudo que da, está ficando cada vez mais inseguro viver aqui”, diz o morador Benedito Faustino. Ele cobra mais presença da Guarda Municipal (GM).

O diretor da GM, Avelino José Novakoski, concorda que falta rondas na área rural. “Nós gostaríamos de atender a toda a população, mas hoje temos somente duas viaturas para a área rural. Na medida do possível os servidores tentam passar no máximo de lugares nos distritos”.

Há uma base da GM em Sede Alvorada e outra em Juvinópolis que a partir dali os agentes percorrem as estradas. “Atualmente estamos em processo de posse de alguns servidores, eles estão em treinamentos. Assim que chegarem, estamos vendo para comprar novas viaturas, e elaborando planos para a maior cobertura e melhor atendimento da área rural”, destaca.

Fotos: Aílton Santos

Legenda: Situação fica precária principalmente em dias de chuva