Cotidiano

Estado passa gestão do Parque Histórico do Mate para o município

O Governo Estadual cedeu a gestão do Parque Histórico do Mate, em Campo Largo, para a administração municipal, um desejo antigo da cidade. Nesta quinta-feira (23), dia do aniversário do município, o secretário de Estado da Cultura, João Luiz Fiani, e o prefeito Marcelo Puppi assinaram o termo de cessão. 

“O Parque Histórico do Mate representa para Campo Largo a sua história, o seu passado, seu presente e seu futuro. Representa a história de um povo trabalhador, uma história de um povo que sempre colaborou com o Paraná em todas as suas fases, na fase dos tropeiros, da erva-mate e do ouro. Preservar o parque é preservar a nossa história, é cuidar do nosso presente e antever o nosso futuro”, disse o prefeito. 

Para o secretário de Estado da Cultura, João Luiz Fiani, ceder a gestão do parque à Campo Largo é fazer uma justiça histórica, já o local foi concebido pensando na cidade e em toda sua relação com a erva-mate. 

“Acredito que é um momento histórico para a cidade, que sempre teve o desejo de ser a gestora do Parque Histórico do Mate. Assim que eu entrei na secretaria, eu soube desse desejo do município e quando o novo prefeito Marcelo Puppi assumiu, conversamos e em pouquíssimo tempo fizemos a transferência para o município, que agora vai ser o responsável pela gestão”. 

A assinatura do termo de cessão vai permitir a reativação do parque. O museu, sua principal atração, será reorganizado e o acervo levado de volta ao local. Desde o fechamento, em 2011, todo o acervo foi transferido para o Museu Paranaense, para que pudesse ficar em segurança e acondicionado de forma adequada. 

De acordo com o prefeito, o parque deve ser aberto em cerca de 60 dias, já com previsão de uma exposição de artes. Além disso, atrativos locais estão em planejamento como a exploração de espaços para o artesanato, cultura e gastronomia, sempre voltados à cultura do Mate e do Tropeirismo. 

O PARQUE – A principal atração turística do parque é o Museu do Mate, instalado numa edificação histórica construída por volta de 1870 como engenho de beneficiamento da erva-mate. Todo o seu maquinário original está preservado e conta a história da principal atividade econômica do Paraná no século XIX e início do século XX. 

O engenho foi construído pelo Capitão Carlos José de Souza Franco, mas foi vendido 16 anos depois, sendo utilizado como indústria de farinha de milho. No início da década de 1980 foi tombado pela Subsecretaria do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, restaurado em 1984 e transformado em Parque Histórico e Museu do Mate. 

O local tem área de 317 mil metros quadrados, contendo bosques com árvores nativas, lagoa e área de lazer para os visitantes.