Cotidiano

Estado Islâmico realiza execuções em massa e usa armas químicos em Mossul, diz ONU

GENEBRA ? Militantes do Estado Islâmico (EI) executaram diversas pessoas nos arredores de Mossul nesta semana e estariam usando armas químicas, informou nesta sexta-feira a porta-voz de direitos humanos da ONU, Ravina Shamdasani.

Em meio a preocupações com o uso de escudos humanos na cidade, Ravina afirmou que quatro pessoas morreram de inalação de fumaça depois que o EI atacou e incendiou uma fábrica de gás de Mossul, em 23 de outubro.

Há relatos ainda de que o grupo está armazenando amônia e enxofre em áreas civis, possivelmente para uso em armas químicas, segundo Ravina.

Uma vala comum com mais de cem corpos encontrada na cidade de Hammam al-Alil foi um dos dezenas de locais de execuções do Estado Islâmico. A informação é de fontes no local, incluindo de um homem que se fingiu de morto durante uma execução em massa.

Execuções públicas foram realizadas por traição e colaboração com forças iraquianas que tentavam retomar a cidade, ou pelo uso de celulares, que são banidos, ou deserção.

Pessoas com cinturões de explosivos, possivelmente adolescentes e meninos, estavam sendo enviados a becos de Mossul Antiga, enquanto mulheres sequestradas estavam sendo distribuídas para militantes ou seriam usadas para acompanhar comboios do Estado Islâmico, disse a porta-voz.

Autoridades da ONU dizem que cerca de 48 mil pessoas fugiram de Mossul desde que a ofensiva do governo começou em 17 de outubro. As forças iraquianas tentam retomar a cidade, a segunda mais importante do país.