Ratificado pelo governo brasileiro na manhã desta segunda-feira, o Acordo de Paris foi aprovado por 197 países no ano passado em meio à COP 21. Entre outros compromissos, o acordo estipula como meta a limitação do aquecimento global em 2ºC até 2100.
No caso do Brasil, um dos principais compromissos é reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 37% até 2025 e em 43% até 2030, em relação à poluição gerada em 2005. No entanto, revisões metodológicas no índice de Contribuições Nacionalmente Determinadas Pretendidas (INDC) podem até facilitar o cumprimento da meta pelo Brasil, uma vez que novos valores absolutos para 2005 foram considerados.
Além desta meta, o Brasil se comprometeu a zerar o desmatamento na Amazônia Legal e restaurar 12 milhões de hectares de florestas até 2030. Um estudo da FGV e do Instituto Escolhas, divulgado em maio, estima que o investimento para a restauração destes hectares estaria entre R$ 31 bilhões e R$ 52 bilhões.
Considerando o fim deste século, a proposta brasileira vai mais longe: estipula a descarbonização total da economia, ou seja, até 2100 espera-se que não haverá a emissão de gases poluentes.
Enquanto o Brasil corresponde a 2,48% das emissões mundiais, segundo dados divulgados pelo governo federal, o Acordo ganhou duas ratificações de peso no último dia 3: China e Estados Unidos, países que mais contribuem para a poluição global.
No entanto, para entrar em vigor imediato, o acordo deve ser ratificado por pelo menos 55 países responsáveis por 55% das emissões globais. Segundo site da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), 27 países responsáveis por 39% das emissões ratificaram o acordo.
