Toledo – O resultado da geração de empregos na região Oeste em dezembro de 2016 foi o pior do ano. A falta de oportunidades de trabalho foi motivada, sobretudo, pelo fechamento de vagas no setor de serviços, seguido da construção civil e comércio. Entre as cidades avaliadas pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) foram contabilizadas 6.373 admissões. Entretanto, o número de trabalhos extintos chegou a 9.034 e a região encerrou o ano com a perda de 2.661 vagas de trabalho.
O presidente do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil) no Oeste do Paraná, Edson Vasconcelos, avalia um dos cenários que refletiram na diminuição da contratação de mão de obra. O ritmo de construção diminuiu e no ano passado quem ia lançar empreendimentos segurou, afirma ele. Segundo Vasconcelos, em 2017 haverá liberação de novos empreendimentos, porém em quantidade menor do que a registrada nos últimos anos. Hoje ainda temos investimentos, mesmo na crise, mas defendo que o ritmo não deverá ser como há uma década.
No ano
No acumulado do ano, a região Oeste apresenta o saldo de menos 2.469 vagas formais no mercado, resultado da diferença entre admissões (106.994) e demissões (109.463). O maior número de vagas eliminadas foi verificado em Cascavel (-3.445). A geração de empregos formais no acumulado do ano teve alívio pela abertura de oportunidades de trabalho em duas cidades da região. Em Toledo, o saldo é de 557 colocações no mercado, 160 delas na construção civil.
Na indústria da transformação foram contabilizadas 6.145 admissões contra 5.868 demissões no município e o saldo do ano fechou com 277 colocações formais de trabalho.
O segmento de serviços apresenta o terceiro melhor resultado com 70 funcionários registrados. Em Foz do Iguaçu, a geração de empregos, que teve desempenho negativo no último mês, no acumulado do ano superou as dificuldades e fechou com saldo positivo. A cidade contabiliza 439 carteiras assinadas.
Comércio é destaque em Foz
A oferta de vagas em Foz em 2016 foi impulsionada pelo número de pessoas contratadas para trabalhar no comércio. No acumulado do ano, 9.542 carteiras foram assinadas e 8.352 empregados dispensados, o que resultou em 1.190 colocações no mercado.
O mês de dezembro encerrou com saldo de -30.457 carteiras assinadas em todo o Estado devido ao total de demissões (93.522) ter prevalecido em relação ao de admissões (63.065). O cenário geral do Paraná apontou dificuldades maiores na indústria da transformação, setor de serviços e comércio no fim do ano.
Considerando o acumulado do ano, o resultado apresentado pelo Estado é de menos 59.828 colocações formais. Os setores com demissões mais expressivas permanecem os mesmos observados no fim do ano.