Cotidiano

Crítica de 'Anos 70', de Jards Macalé: Prazer, morcego

RIO ? Jards Macalé é uma daquelas figuras da MPB que todo mundo conhece ? e quase todo mundo gosta, por ser de fato adorável ?, mas vai cantar três músicas do cara! Ele já foi tema de pelo menos dois excelentes documentários, mas além de ?Vapor barato? (gravada por meio mundo e pouco associada a ele) e ?Movimento dos barcos?… As reticências pululam.

Pois a caixa ?Anos 70? vem exatamente apresentá-lo a quem não o conhece. ?Jards Macalé? (1972) dá uma ideia de quem é o cara; e ?Aprender a nadar?, de 1974, é a estrela da companhia, coalhada de parcerias entre Jards e Waly Salomão (que brincava na época com o nome ?Sailormoon?, como está no encarte) e com uma produção absurda, com direito ao lendário Regional do Canhoto, além de Wagner Tiso, Ion Muniz, Robertinho Silva, Tutty Moreno, Rubão Sabino e outros bichos. No repertório, pérolas como ?Anjo exterminado?, ?Dona de castelo? e ?Mambo da Cantareira?. Jards Macalé, ‘Anos 70’

Os dois discos ?Raro & inédito?, a alegria do Indiana Jones da música brasileira, o ávido pesquisador Marcelo Fróes trazem descobertas interessantes, mas para os especialistas, já que Macalé mesmo não é para iniciantes.

Cotação: bom.