Não só o trânsito, as mercadorias, a produção, a indústria, e diversos setores ficaram sem abastecimento por conta da greve dos caminhoneiros, como a criminalidade também despencou.
Em Cascavel, a quantidade de ocorrências atendidas pelo Corpo de Bombeiros diminuiu drasticamente, principalmente acidentes de trânsito, já que a população está trabalhando com racionamento de combustível e o movimento nas vias diminuiu de 30 a 40%.
Tanto o Corpo de Bombeiros quanto a Polícia Militar permanecem com o abastecimento em dia, já que têm combustível extra; no caso do bombeiro, com um caminhão da prefeitura e a PM está com recebimento de combustível normal nos dias de paralisação.
Mesmo assim, a Polícia Militar atua na calmaria. O último assalto registrado pela imprensa local ocorreu no dia 27 e até o fim da tarde de ontem, nenhuma ocorrência foi contabilizada, pelo menos não pela mídia. Furtos de carros e motos também diminuíram, já que os ladrões não poderiam chegar muito longe sem combustível.
Operações policiais
Apesar da greve, grandes operações regionais também são mantidas pela polícia, como a Operação Muralha, por exemplo. Iniciada no dia 30 de abril, a ação une diversas forças policiais e órgãos de segurança. Continua com força total na fronteira, no Oeste do Paraná, mas com uma queda drástica na passagem de tráfico ou contrabando.
“Os caminhoneiros fizeram diminuir a criminalidade. Não tem combustível, não circula veículo. Tivemos um pessoal que tentou passar de moto, com 11 quilos de maconha, mas está muito quieta a situação na rodovia, pouca movimentação”, explica o comandante da 1ª Cia do BPFron (Batalhão de Polícia de Fronteira), capitão Nairo Cardoso da Silva.
