Cotidiano

Contrato do pedágio acabou, mas deixou diversos problemas

Segundo o balanço do Corpo de Bombeiros, 36 pessoas ficaram feridas e três morreram nos acidentes. Porém, na maior parte das ocorrências não houve vítimas

Contrato do pedágio acabou, mas deixou  diversos problemas

Cascavel – Este último final de semana ficou marcado na história do Paraná, pois, após 24 anos, chegou ao fim o primeiro programa de concessões de rodovias do Paraná, implementado em 1997. Com o fim de todas as operações das concessionárias de pedágio que operaram no Anel de Integração do Paraná, as cancelas das praças de pedágio foram abertas e os usuários não precisaram mais pagar tarifa, até que a nova concessão seja licitada.

Contudo, após o fim dos contratos e a abertura das cancelas, alguns problemas já ficaram visíveis logo nos primeiros momentos sem a cobrança de pedágio.

Ontem (29), por exemplo, muitos usuários relataram uma grande dificuldade para cancelar os planos do serviço Sem Parar, uma ferramenta de automatização do pagamento de tarifas de pedágio, em que cobra automaticamente quando o usuário passa pela praça, sem precisar parar nas cancelas. Segundo relatado, a dificuldade em cancelar os serviços foram verificadas tanto por telefone quando pelo atendimento automatizado da empresa no site do serviço. Para ser atendido, o usuário precisava esperar horas.

A reportagem do jornal O Paraná, entrou em contato com a empresa para entender o motivo das dificuldades. A empresa informou que iria apurar interinamente a situação e entraria em contato mais tarde informando os motivos. Contudo, até o fechamento desta edição não houve resposta.

 

Desemprego

Uma estatística preocupante que ficou com o fim das atuais concessões foi o desemprego, isso porque aproximadamente sete mil pessoas ficaram desempregadas com o fim dos contratos.

De acordo com o Sindecrep-PR (Sindicato dos Empregados nas Empresas Concessionárias no Ramo de Rodovias e Estradas em Geral no Estado do Paraná) a estimativa é que, juntas, as concessionárias que operavam no Anel de Integração mantinham mais de 2.200 empregos diretos e 5 mil indiretos.

 

ISS

Ainda, nesse período de um ano sem operação de concessionárias de rodovias nas estradas paranaenses irá gerar um problema na arrecadação dos municípios. Isso porque as concessionárias repassavam 5% de seu faturamento aos municípios por onde passam as rodovias administradas, a título de ISS (Imposto Sobre Serviço). Cascavel por exemplo, deixará de arrecadar pelo menos R$ 3 milhões de ISS neste período.

 

Acidentes

Da meia-noite de sábado (27) até às 8h de segunda-feira (29), o Corpo de Bombeiros do Paraná e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) atenderam 27 ocorrências nas rodovias no fim de semana que marcou o encerramento dos contratos de pedágio do Anel de Integração.

As equipes e a estrutura da Rede de Urgência do Paraná foram reforçadas para atendimento prioritário da malha viária até o início das novas concessões, o que ajudou a manter baixa a média do tempo de resposta a esses acidentes, que foi de 15 minutos.

Segundo o balanço do Corpo de Bombeiros, 36 pessoas ficaram feridas e três morreram nos acidentes. Porém, na maior parte das ocorrências não houve vítimas.