Cotidiano

Contratações x limite prudencial

A briga é feia. De um lado, a Prefeitura precisa fazer uma reposição de servidores, principalmente para a Educação e para a Saúde. De outro, o limite prudencial lembra que não é bem assim que a coisa funciona.

A Prefeitura de Cascavel está perto do limite de alerta que é 48,5%. O Município está em 48%, menos que no fim do ano passado, quando foi registrado 49,25%.

O limite mesmo, pela Lei de Responsabilidade Fiscal, é de 51,3% do orçamento investido em pagamento pessoal.

Enquanto isso, chama a atenção a demanda da pasta da Educação. E ao mesmo tempo a dificuldade em contratar profissionais. Foram 983 convocações neste ano para diversos cargos. Deste total, apenas 665 pessoas assumiram as vagas. Isso quer dizer que 32% dos profissionais não tiveram interesse em trabalhar no poder público.

A pasta conta com um grande número de servidores e diariamente, de acordo com a administração, surge a necessidade de substitutos, por diversos motivos: licença prêmio, afastamento por motivo de saúde, licença maternidade, licença de qualificação profissional e também casos de exoneração e aposentadoria. Segundo o setor de RH, foram 100 licenças maternidade liberadas neste ano, de janeiro até metade de agosto.

Readaptados

O apontamento mostra que 54 professores e 30 professores de Educação Infantil tiveram que ser readaptados. Isso ocorre, de acordo com a Secretaria de Educação, quando o servidor tem sua capacidade reduzida por motivo de doença ou acidente e muitas vezes precisa ser afastado da sala de aula.

Nesse mesmo período, de janeiro até meados de agosto, 92 licenças para tratamento de saúde foram liberadas, casos de atestado acima de 15 dias. Também foram concedidas 84 aposentadorias.  Se fizer as contas, as contratações até que supriram essa necessidade em alguns quesitos, mas por meio de teste seletivo. Porém, a Secretaria ainda tem dificuldade em repor profissionais como zeladores, por exemplo. Déficits deixados de presente pela antiga gestão.

 

 

Na Saúde

Na Saúde, os postos de saúde dos Bairros Pioneiros Catarinenses e Presidente e do Conjunto Riviera ainda não funcionam para atendimento à população e um dos fatores é a falta de funcionários.  De acordo com informações repassadas pela Secretaria de Saúde, por meio da Secom (Secretaria de Comunicação), as reposições imediatas necessárias seriam: 24 reposições de médico para 40 horas semanais e seis médicos especialistas com trabalho de 20 horas semanais – incluindo pediatra, psiquiatra e ginecologista.