Foz do Iguaçu – As seis maiores cidades da região oeste do Paraná avaliadas mensalmente pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego, criaram no mês de abril 1.007 novas ocupações formais. O número é 246% maior que o registrado em abril de 2017, quando já estava em curso o acirramento da crise e a soma das novas ocupações nessas cidades era de apenas 291 postos formais.
No acumulado do ano de 2018, de janeiro a abril, os municípios de Assis Chateaubriand, Cascavel, Foz do Iguaçu, Marechal Cândido Rondon, Medianeira e Toledo assinaram a carteira de 4.717 novos trabalhadores. Considerando o primeiro quadrimestre de 2017 (2.899 novas contratações), o avanço agora foi de 63%.
Para o mês de abril deste ano, com exceção da administração pública e da agropecuária, os demais setores contabilizaram mais contratações do que desligamentos.
Um dos temores acabou não se confirmando, que era a possível demissão em massa de trabalhadores na indústria da transformação, principalmente em municípios onde há frigoríficos que tiveram parte de seus produtos embargados para a exportação para a União Europeia, como é o caso do maior empregador de Toledo.
Segundo o diretor da Agência do Trabalhador no Município, Fernando Ferreira de Quadra, apesar de não haver número elevado de vagas e novas contratações neste e em outros segmentos, uma média de 50 por dia, também não se nota um movimento atípico de desligamentos, principalmente em áreas como a da indústria da transformação. “Também não temos muitas vagas para esse setor nesses últimos dias”, afirmou, indicando um equilíbrio entre os já contratados que entrarão no mês que vem em férias coletivas e a possibilidade de abertura para novas ocupações.
Ainda de acordo com o coordenador da Agência, existem oportunidades para outros setores, alguns inclusive que pedem qualificação específica e, portanto, com melhores remunerações. “Ainda é comum algumas vagas ficarem por algum tempo por não haver pessoas qualificadas para ocupá-las”, reforçou.
Entre os municípios do oeste analisados pelo Caged, apenas Assis Chateaubriand teve mais desligamentos do que contratações em abril. Por lá, apenas dois setores tiveram mais efetivações do que desligamentos, os serviços e a agropecuária, ambos com cinco novas efetivações cada no mês passado.
Na ponta superior da tabela está Foz do Iguaçu, com o maior número de efetivações em todo o oeste mês passado. Por lá foram criadas 316 novas oportunidades com carteira assinada, mais da metade, 180 delas, no setor de serviços associadas ao setor de turismo.
No acumulado
No acumulado do ano, de janeiro a abril, o Município que mais empregou em todo o oeste foi Cascavel, com 2.143 novas efetivações, ou seja, 45% das gerações em toda a região. Neste ano, o setor que mais tem empregado é o de serviços. Até o momento, foram 2.813 novas contratações, seguidas pela indústria com 1.456 novas ocupações formais.
Paraná e Brasil
Na semana em que o IBGE divulgou que faltam empregos a cerca de 21 milhões de brasileiros, os dados do Caged indicaram que o Brasil gerou no mês passado 115.898 empregos com carteira. É o melhor resultado para o mês desde 2013, quando foram abertas 196.913 vagas formais. Este foi o melhor resultado para abril em cinco anos.
No Paraná foram criadas em abril 9.228 ocupações formais com carteira assinada, na soma do ano foram 36.731. O resultado no Estado é o melhor desde 2014, colocando o Paraná em terceiro na geração de empregos no País. O destaque agora no Estado foi para os setores da indústria e dos serviços.
