Cotidiano

Consumo de combustíveis despenca

Curitiba – Mesmo com uma frota cada vez maior, o preço do combustível que está pesando mais no bolso foi determinante para que muita gente diminuísse as idas aos postos para abastecer ano passado.

Com base nos dados da Pesquisa Conjuntural da Fecomércio-PR (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná), o consumo de combustíveis caiu 15% de janeiro a novembro do ano passado, se comparado a igual período de 2016. Esse foi o segmento – entre todo o varejo analisado – com maior retração nas vendas, seguido por farmácia (-6,87%) e autopeças (-1,53%).

Apesar disso, o varejo regional conseguiu fechar o ciclo com aumento no consumo de 1,05%. Pode parecer pouco, mas quem vinha amargando perdas consecutivas esse é o sinal do início da recuperação. “Acreditamos que 2017 foi o primeiro passo e que 2018 será um ano mais promissor”, avalia o presidente da Faciap (Federação das Associações Comerciais e Industriais do Paraná), Marcos Tadeu Barbosa.

exemplo prático disso é que vendas em lojas de departamentos tiveram um crescimento bastante considerável, sobretudo considerando a reta final de 2017. Ante o período de 2016, o segmento contabilizou aumento nas vendas de 13%, seguido por livrarias e papelarias (9,35%) e supermercados, com 8%. “Os supermercados se justificam pela deflação dos alimentos”, destaca a economista Regina Martins, ao avaliar que esses são os sinais de que a crise começa a se despedir, mas que ainda há um longo caminho pela frente.

“Por outro lado, os combustíveis passaram a pesar mais no bolso, então a regra tem sido economizar. Abastecer menos, usar meios alternativos de transporte e assim se deixa mesmo de consumir”, afirmou.

E o varejo no Paraná?

O varejo paranaense apresentou alta de 0,6% nas vendas no acumulado analisado pela pesquisa. Em 2016 o comércio encolheu 3% e em 2015 houve redução de 8,8%.

Os segmentos responsáveis pelos bons resultados estaduais foram as lojas de móveis, decorações e utilidades domésticas, com aumento de 28,7% no período, e as concessionárias de veículos, que estão, aos poucos, retomando o ritmo de vendas e tiveram acréscimo de 4, 9% no acumulado parcial de 2017.

Por outro lado, os ramos do varejo com maiores dificuldades foram combustíveis (-9,64%), autopeças (-8,7%) e livrarias e papelarias (-8,67%).