Cotidiano

Comunicação do governo deve ser orientada pelo presidente, diz Padilha

2016 939177078-201609161311212781.jpg_20160916.jpgRIO ? O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, comentou nesta terça-feira, em entrevista à rádio Jovem Pan, as últimas falhas na comunicação do governo. No domingo, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse a membros do Movimento Brasil Livre que ficassem tranquilos porque haveria uma nova fase da operação Lava-Jato nesta semana. Um dia depois, segunda-feira, a força-tarefa fez novas prisões, entre elas a de Antonio Palocci. Na semana anterior, foi o ministro da Secretaria de governo, Geddel Vieira Lima, que disse que caixa dois não é crime e quem se beneficiou no passado não deve ser punido, contrariando a posição do governo. Para Padrilha, o presidente deve ser o principal comunicador do Planalto: Links Alexandre de Moraes

? A população vê no presidente um pouco do que foi o imperador, do que foi lá trás na monarquia alguém que tinha condições de definir o rumo da vida das pessoas ? disse Padilha. ? Comunicador-mor do governo tem que ser o presidente.

O ministro da Casa Civil, aliado de Temer há décadas, ainda tentou minimizar as últimas falhas na comunicação do governo, com ministros que se anteciparam à fala do governo ou ainda deram comunicados contrários à orientação do Planalto:

? Gênero humano ainda não é perfeito. Por vezes há uma escorregada que não foi aquilo que o presidente disse e o ministro acaba criando, mas não traduz exatamente o que pensa o presidente ? explicou ele.

Padilha reafirmou que existe coordenação política e descartou a ideia de colocar um porta-voz no governo. Para ele, falta apenas ?metodologia e rotina?:

? A ideia do porta-voz, neste momento, não é mais muito importante, porque presidente está se convencendo de que é dele que tem que surgir a orientação do que deve ser dito. É preciso apenas estabelecer uma metodologia e uma rotina para isso.

Na manhã desta terça-feira, o presidente Michel Temer se reuniu com Alexandre de Moraes para cobrar explicações sobre as declarações sobre a Lava-Jato. Logo após o encontro com Moraes, Temer conversou com um grupo de ministros e cobrou, segundo um assessores, que as posições de ministros sejam de governo e não pessoais.