Cotidiano

Cinco anos de atraso

Desde a licitação da primeira etapa de obras da Escola Municipal Professor Ademir Correa Barbosa, no Parque dos Ipês em Cascavel, já se passaram cinco anos. O poder público hoje corre contra o tempo e tem o desafio de garantir a conclusão de uma obra que ficou parada no tempo e terá um custo milionário.

Mais de R$ 3,5 mil milhões foram destinados aos serviços e não houve previsão de quando a conclusão da estrutura deveria custar aos cofres públicos. “Não temos essa estimativa inicial, visto que o estudo de viabilidade e o planejamento inicial ocorreram na administração passada e não está documentado”, afirma a Secretaria de Educação.

Considerando as três etapas de licitação realizadas o valor final da obra está próximo aos R$ 10 milhões.

Licitações

A primeira etapa da construção da instituição de ensino foi licitada em dezembro de 2013. O valor de R$ 537.503,53 previa serviços de terraplanagem e execução de muros de arrimo.

Com valor máximo estimado em R$ 4 milhões foi aberta licitação da segunda etapa para contemplar os seguintes serviços: fornecimento de estrutura pré-fabricada de concreto armado, incluindo fundações, vigas, pilares, lajes, escadas, rampas, coberturas e fechamentos laterais. Com a conclusão do certame ficou definido o valor R$ 3,3 milhões para os investimentos.

Etapa final

A ordem de serviço para a terceira etapa da obra foi assinada no dia 28 de fevereiro deste ano. A Construtora Danilo Bandeira Ltda venceu o certame com a proposta de R$ 5.305.790,03 e logo na sequência iniciou os serviços.

Os trabalhos são acompanhados pela Secretaria de Educação, que considera que a obra está a todo vapor. “A conclusão está prevista para dezembro de 2018”, afirma.

A nova escola contará com uma infraestrutura moderna. Serão 6.322,54 m² de construção, com uma capacidade para atender pelo menos 750 alunos, que atualmente frequentam salas de uma universidade, em tempo integral.

Polêmicas

Pais que acompanharam de perto os impasses da construção esperam ver o quanto antes os filhos frequentando a nova escola. Após o acidente que matou um trabalhador da construção civil, a polêmica retorna com um caso de abuso sexual onde ocorrem as aulas.

“Nós pais ficamos muito aflitos, lá não tem segurança nenhuma, todo mundo entra e sai à vontade”, comenta Rita de Cássia Oliveira, mãe de uma aluna de oito anos. “Depois de pronta essa escola, só vai entrar pessoas autorizadas, vai ser muito melhor”, completa.

Romulo Grigoli

AILTON SANTOS

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Legenda: Obra milionária é aguarda para atender alunos que hoje estudam em salas alugadas em uma universidade